Trengrouse diz que esporte amador e futebol não podem estar no mesmo barco

Num encontro realizado na última semana com o Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, o candidato à presidência do Fluminense, Pedro Trengrouse, voltou a defender a criação de uma política nacional de esporte que faça com que os recursos financeiros cheguem aos clubes, os grandes formadores da maioria dos atletas brasileiros.

– Mais de 60% da delegação brasileira nos Jogos Rio 2106 foi formada nos clubes, os verdadeiros responsáveis pela transformação de meninos e meninas em atletas de alta performance. É preciso rever o processo de política esportiva no país e fazer com que os recursos cheguem à ponta do processo – defende o advogado que pertence à chapa “Verdade Tricolor”.

 
 
 

Os dois participaram de um programa no Canal Futura, onde o esporte foi o foco do debate. O Ministro concordou com a abordagem o e disse que vai trabalhar na criação do Plano Nacional do Desporto e buscar o melhor caminho para tratar o esporte não apenas como alto rendimento, mas também como educação e inclusão social.

Trengrouse lembrou que o Comitê Olímpico Brasileiro recebeu R$ 1 bilhão da Lei Agnelo Piva, que destina parte dos recursos da Loteria para o esporte, enquanto os clubes nada receberam:

– A verba tem que chegar aos clubes e, consequentemente, aos atletas. Não pode se perder em instituições e nos seus bonitos escritórios e sedes. Nos últimos quatro anos o COB recebeu R$ 1 bilhão só da Agnelo Piva e o melhor desempenho do Brasil até hoje foi nos Jogos de Sydney, quando não se recebia esse dinheiro. De Londres para o Rio, a delegação brasileira passou da casa dos 200 para 400 atletas e os resultados não acompanharam a proporção. Os atletas são heróis de uma estrutura deficiente – arrematou.