Com Muriel afastado por ter contraído coronavírus, Marcos Felipe ganhou novas chances para atuar pelo Fluminense no Campeonato Brasileiro. Depois de ser titular diante do Bragantino, seguirá diante do Athletico, neste sábado, no Maracanã. Na sexta-feira, concedeu entrevista coletiva no CT Carlos Castilho. Leia a íntegra dos assuntos abordados com o goleiro:
Ficar um tempo fora na reserva
— Primeiro eu quero exaltar o trabalho do Muriel, é um grande goleiro, parceiro, amigo. Goleiro tem de estar sempre preparado, independente de qualquer situação. Pode surgir uma oportunidade e temos de estar preparado para ajudar.
Trajetória como profissional
— Vivemos um momento bom, buscamos objetivos grandes. É importante estar preparado para mostrar o trabalho quando a oportunidade surgir.
Relação com o Muriel
— A relação com ele, por ele ser mais velho, é de irmão mesmo. Ele tem mais experiência devido à idade. Isso é bom. Ele passa o que já vivenciou, um excelente amigo, um irmão mesmo. A relação é muito boa, apesar da disputa profissional pela posição. Isso não é com a gente. É a decisão do treinador. Sempre nos apoiamos. Ele me elogia e eu o elogio. Existe uma competição saudável. Ele é um grande goleiro, tem seu nome estabilizado no futebol. Estou começando agora a ter oportunidades. É um excelente profissional e conselheiro, sabe trabalhar essa parte psicológica.
Recuperação após tropeço diante do Bragantino
— O jogo contra o Bragantino buscamos a vitória, buscamos os três pontos, sabíamos a importância do jogo. Conforme o jogo foi se desenhando, encontramos dificuldades. Criamos uma estratégia para não tomar gol, não perder o jogo e perder pontos. No Brasileiro tem de estar pontuando. Nossa atitude na partida foi para vencer o jogo Contra o Athletico vai ser assim também. Vamos para vencer o jogo. Contamos com a volta de jogadores que se recuperaram de Covid e isso vai ser muito bom e a equipe está preparada para vencer o jogo no sábado.
O que mudou da estreia em 2016 para cá?
— A diferença é a experiência que a gente ganha. Vai ficando mais velho, obtendo tranquilidade nas partidas. Ficando um tempo sem jogar, tem de estar psicologicamente e fisicamente preparado. Eu me preparo muito para toda chance que tenho.
Sente-se mais seguro para sair jogando com os pés?
— O que costumo fazer em todas as oportunidades é ser o mais simples possível. Às vezes isso cabe também um toque para lateral. Isso não é insegurança, é não se arriscar. Eu venho de um tempo sem jogar, não posso arriscar. Sou um goleiro jovem, ainda não tive sequência. O que busco é simplicidade para ser eficaz. Conforme vai tendo sequência, ganha confiança, opções de passe dentro do jogo. Vamos acertando isso com os companheiros.
O que lembra do tri (estava no sub-15 na época)?
— Eu me recordo da alegria grande que tive da nossa equipe profissional conquistar o Brasileiro. Título importante. Lembro bem da oportunidade que o Berna teve. Se manter na reta final. Vinha sem jogar. Isso peguei como exemplo. Ficar sem jogar é complicado para o goleiro. Ele conseguiu sem jogar manter um alto nível dos outros goleiros para a gente poder conquistar esse título.
Relação com o preparador de goleiros André Carvalho
— Minha relação com o André vem desde 2009, quando cheguei. Eu considero como um pai. Me aconselha nos momentos bons e quando tem de cobrar, cobra. Ele tem me abraçado mesmo. Está ao meu lado para me corrigir. Sempre temos algo a melhorar. A relação só me faz crescer.
Sonho de ser ídolo
— Claro que temos sonho de virar ídolo. Mas isso é com calma. Não podemos passar por cima das coisas. Tudo a seu tempo. Tenho de respeitar o Muriel, que hoje está na minha frente. Se acontecer, vou ficar muito feliz. Mas com calma.
Sente que chegou sua hora de ser titular?
— O que posso dizer é que estarei preparado, independentemente da opção do treinador. Tendo a oportunidade de jogar ou se tiver de esperar mais um pouco. Tenho 24 anos e tenho de respeitar o Muriel, que hoje é o titular. Tenho de respeitar a hierarquia. Independentemente da escolha do treinador, vou estar pronto para ajudar tanto dentro quanto fora de campo – disse.