O primeiro tempo do Fluminense assustou seus torcedores, mas no segundo, após um golzinho que “caiu do céu”, o Tricolor buscou a virada. Em ambos os casos, os tentos saíram através de jogadas aéreas de escanteio. No primeiro, marcado por Pablo Dyego, após a bola sobrar para Pedro, o atacante estufou a rede. No segundo, Gilberto subiu sozinho e, de cabeça, decretou o triunfo por 2 a 1 sobre o Vitória no Barradão. Neílton abriu o placar para os donos da casa.

O começo prometia. Logo aos três minutos, Marlon obrigou o gigante Caíque a praticar grande defesa em cobrança de falta que tinha endereço certo. Mal sabia o torcedor do Fluminense que essa seria a única chance de gol do time no primeiro tempo

 
 
 

O time teve mais posse de bola do que o Vitória, mas faltavam infiltração e capricho nos cruzamentos. Os erros de execução nas bolas alçadas na área foram a tônica da etapa inicial. O adversário, mesmo em casa, explorava os contra-ataques. Em um deles, conseguiu o gol.

Bola na esquerda da defesa do Fluminense, o trio de zagueiros fechou em linha. Jadson vacilou ao não acompanhar Neílton, os defensores não adiantaram a marcação e o ex-botafoguense inaugurou o placar em chute com violência, sem qualquer chance para Júlio César.

Caiu um toró no Barradão, mas nem assim o Tricolor acordou a ponto de incomodar a defesa baiana. Jadson, muito mal, não deu ritmo ao meio-campo. Sornoza até conseguia algumas viradas de bola, Pedro, em toques curtos, procurou tabelas, mas no esquema com três zagueiros, a presença dos alas é fundamental. Pela esquerda, Marlon não tem a velocidade e explosão de Ayrton Lucas. Raramente procurou a linha de fundo. Gilberto era mais acionado, mas na hora de efetuar os cruzamentos, não foi feliz.

O goleiro Caíque só não saiu com o uniforme limpo para o vestiário porque catou a boa cobrança de falta de Marlon e pela forte chuva que desabou. O Fluminense, mesmo com o domínio territorial, não tinha criatividade para furar o bloqueio rubro-negro, que nem era tão eficiente assim. Oferecia algum espaço na intermediária e pelos lados, mal aproveitados pelos comandados de Abel Braga.

Na volta para o segundo tempo, o treinador tricolor fez uma mudança, mas não abriu mão de seu adorado esquema com três zagueiros. Trocou o inoperante Marcos Júnior por Pablo Dyego para, supostamente, dar mais velocidade no ataque. Entendia que o time estava moroso demais. E continuou.

Abel, aos 23 minutos, promoveu outra mudança. Saiu Jadson, uma nulidade, para a entrada de Robinho. E seguiram os três zagueiros. Àquela altura, quando o time tinha a bola, Renato Chaves era lateral-direito e Frazan, destro, lateral-esquerdo, com os dois alas avançados. Mas quem criava?

Se não dava na qualidade e inteligência, o Fluminense chegou ao empate na base da insistência. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Pedro, que assistiu Pablo Dyego. O pelota ainda tocou na zaga e encontrou o caminho da rede.

Minutos depois quase acontece a virada com participação dos zagueiros. Em nova cobrança de escanteio, Renato Chaves cabeceia para o meio da área, Frazan estica o pé e Caíque impediu o segundo gol do Fluminense. Mas ele sairia e pelo alto.

Cobrança de escanteio? Sim, claro. Cabeçada de Gilberto e era a virada tricolor, mais do que provável pela pressão exercida. Mas diante do que foi o primeiro tempo, três pontos para serem muito festejados.

Júlio César; Renato Chaves, Nathan Ribeiro e Frazan; Gilberto, Richard, Jádson (Robinho), Sornoza e Marlon; Marcos Júnior (Pablo Dyego) e Pedro (Dodi).