Volta!

 

 
 
 

Fala, galera!

Muitos podem entender que o título do texto reflita um desejo meu para que Gum volte à zaga do Fluminense por conta do resultado de hoje, diante do Vitória, em Salvador. Sim e não. A atuação da zaga do Fluminense no empate com o rubro-negro por 2 a 2 é um retrato do que ela é durante, pelo menos, as duas últimas temporadas. Ruim!

O que se viu no Barradão é exatamente o que acontece quase sempre, até mesmo quando o Flu sai com a vitória. Falhas graves de posicionamento, tempo de bola e, principalmente, técnica. Eu poderia estar pedindo a volta de Thiago Silva, que é, indiscutivelmente, o melhor zagueiro que já vestiu a nossa camisa. Mas não há possibilidades de vê-lo de volta tão cedo nas Laranjeiras. Dentro de casa temos o Gum. Ele tem limitações conhecidas mas, de longe, na humilde opinião deste blogueiro que aqui escreve, é o que melhor para a nossa defesa hoje.

Sei que só volta a ficar à disposição em novembro. Espero que nossa zaga resista até lá e ele possa ser utilizado nos jogos finais da Sul-Americana.

O futebol, atualmente, exige muito pelo alto. Jogadas aéreas viraram uma forte arma dos clubes até mesmo em jogadas de lateral. Tanto que os times treinam estes lançamentos pelos laterais. Nosso gol de empate contra o Vitória, inclusive, saiu assim. Gum, entre os defensores do elenco, é o que melhor se posiciona e salta nesse tipo de lance. Mas não apenas por esse aspecto que gostaria de ver o guerreiro de volta.

Um dos mais experientes do elenco, tem currículo vencedor e foi campeão brasileiro duas vezes e carioca no Flu. Jogou em alto nível grandes decisões. Penso que o Gum possa fazer da liderança dele uma zaga menos frágil psicológica e tecnicamente. Além da possibilidade de ver Renato Chaves e Nogueira menos vezes em campo.

No empate com sabor de derrota na partida deste domingo, que poderia levar o Fluminense ao G6, sofremos duas falhas em bolas alçadas na área. No gol de Neilton, Renato Chaves subiu sozinho com dois atacantes do adversário e não conseguiu cabecear. Falha de toda a zaga neste lance. No segundo gol do Vitória, Nogueira, que, para piorar, já teria entrado frio num fim de jogo quente, mais uma vez se posicionou mal, deu condições a Kanu, que marcou sozinho. Erro frequente.

Renato Chaves e Nogueira são muito semelhantes. Do corte de cabelo ao futebol. Se posicionam mal, falham na marcação e não conseguem passar segurança. Henrique, o capitão, varia entre boas e más atuações. É irregular. Talvez, com um bom companheiro de zaga ao lado, consiga se apresentar melhor e ser mais parecido com aquele que chegou a seleção brasileira. Hoje, mais um que jogou de forma desastrosa.

Apesar das conhecidas limitações, quem não comprometeu tanto foi Reginaldo. Tenho que ser honesto e elogiar. Ao lado de Henrique, até se lesionar, foi o defensor que menos falhou e conseguiu por alguns momentos dar mais proteção, especialmente quando o Fluminense era bombardeado pelo alto. Parece ser um pouco mais lúcido e técnico do que os companheiros.

Em 20 de março escrevi no blog um post chamado “Contrata-se zagueiro. Envie seu curriculo“. Foi uma crítica e uma preocupação com as opções que o Fluminente tinha naquela época para a zaga. E continua tendo. Já previa que os zagueiros do elenco poderiam estragar um trabalho bem feito pelo Abel Braga e assim aconteceu. Perdemos o título do estadual com uma contribuição enorme da falha primária de Renato Chaves, ao furar uma bola e deixar Diego Cavalieri vendido com Éverton na primeira partida da final.

Abel tem a parcela de culpa dele, assim como a diretoria. O treinador escala o que tem de melhor ou de menos pior. No entanto, com a zaga frágil, precisa evitar o bombardeio. Já a gestão, precisa entender as limitações do elenco e contratar. Na base não há quem resolva, portanto, buscar opções de fora é a solução. O Fluminense precisa não de apenas zagueiros, mas lateral direito e, quem sabe, de mais um meia de ligação.

Mesmo triste com mais uma entrega do Flu, quinta-feira estarei presente no Maracanã para empurrar o time contra a LDU. Para o torcedor, os equatorianos estão muito engasgados. Espero que os jogadores representem o sentimento da arquibancada e façam um grande resultado, porque no jogo de volta tem altitude. Ai, Jesus, minha zaga!

Saudações!