O centroavante Washington fez parte de um dos, senão o melhor time já formado pelo Fluminense neste milênio. Em 2008, integrou os “três tenores” como ficou conhecido o ataque tricolor que tinha ainda Dodô, destaque do Botafogo, e Leandro Amaral, estrela do Vasco, ambos no ano anterior. No Estadual daquele, o trio fez sucesso.

– O entrosamento veio muito rápido, principalmente pela qualidade dos três. Todos chegaram num bom momento. E é muito fácil jogar com Dodô e com Leandro. Quando começamos o Carioca fizemos gols em quase todos os jogos. Quando não era os três marcando, pelo menos dois faziam. O Fluminense tinha um poder ofensivo muito grande. Mas durou pouco, né. Teve a situação do Leandro (por problemas de contrato, voltou ao Vasco) e também a suspensão do Dodô (por doping).

 
 
 

Na Libertadores, por conta das situações envolvendo os dois jogadores, o Fluminense ficou apenas com Washington no ataque. Dodô, antes de ser punido, entrou várias vezes e ajudou o time, como na goleada sobre o Arsenal (ARG) por 6 a 0 e na partida contra o Boca Juniors (ARG), as duas pela Copa Libertadores.

– A maioria dos times brasileiros era armado no clássico 4-4-2. Jogar com três goleadores que marcavam pouco era difícil. Hoje é mais fácil jogar assim. Naquela época ainda não tinha essa história de trio MSN, BBC, nem nada. Nos primeiros jogos juntos, tivemos algum apelido, acho que era ‘Três Tenores’, ‘Três Mosqueteiros’, não lembro. Pro treinador escalar três atacantes juntos tinha que ser corajoso e o time precisava ter qualidade.

Xitão relembra do melhor momento do trio em campo pelo Flu:

– Ah, muitos. Teve um jogo contra algum time no Carioca (era o América-RJ) que todos os três fizeram gol. Foi 6 a 1. Esse jogo não esqueço, mostrou todo o poder ofensivo com os três atacantes. Foi quando mostramos a força do Fluminense naquele momento. Se tivesse mantido, daríamos muitas alegrias. Depois daquilo, o adversário vinha jogar contra a gente morrendo de medo.