Pelo Fluminense, Washington foi artilheiro do Campeonato Brasileiro em 2008 e campeão em 2010 (Foto: Photocamera)

Hoje ídolo do Fluminense, Washington poderia ter tido sua história encurtada no clube. Ao fim de 2008, trocou de tricolor indo para o São Paulo. No ano seguinte, porém, ele retornou ao Fluzão, foi campeão brasileiro e encerrou a carreira de forma magistral.

Convidado do NETFLU na Rede na segunda-feira, o ex-jogador tricolor conta os bastidores daquela ocasião e revela, inclusive, ter rejeitado negociações com clubes rivais do Rio de Janeiro.

 
 
 

— Primeiro eu tive proposta de ir pro São Paulo justamente pro Fred ir pro Fluminense. Pensei, vou dar uma chance pra ele (risos). É brincadeira. Quando eu vim do Japão, eu e meu empresário na época, o Gilmar Rinaldi, queríamos fazer um contrato maior. Mas por causa daquele problema do coração, só fizeram um ano. Meu problema estava tranquilo, meu cardiologista sempre avaliou, assinou todos os contratos. Queríamos mais, eles só um ano. Acabou Libertadores, teve Brasileiro, foi rolando… Eu fui artilheiro daquele Brasileiro. Chegou em dezembro, não teve conversa nenhuma para renovar. Outros clubes mostraram interesse. São Paulo, Palmeiras, Grêmio. Eu falava, a prioridade é o Fluminense, mas até agora nada. O Flamengo também procurou. O Vasco teve depois, quando eu estava no São Paulo. Aí o São Paulo veio com a proposta. Aí eu pensei: “poxa, vamos começar uma conversa mais profunda”. Aí o Fluminense começou a querer conversar. Então, a preferência passou a ser deles. Sempre fui correto. Aí já estava avançado com o São Paulo. Por isso, acertei. Pode ver depois disso, os contratos do Fluminense, Fred, Conca, seis meses antes, já renovavam. Faziam contratos de dois, três anos. Passaram a se proteger mais. Isso foi até bom para o Fluminense. Fiquei lá um tempo no São Paulo. Disputei artilharia do Brasileiro. Começaram a ter problemas administrativos no São Paulo e o Fluminense voltou a ter interesse. O Vasco também. Aí eu pensei: “não, agora eu quero voltar pro Fluminense e encerrar lá”. Já tinha conversado com o Celso Barros, estava quase certo. O Fred teve uma lesão séria na panturrilha. Aí mesmo que falaram: “Agora tem que vir pra jogar no próximo jogo”. Aí voltei para o Fluminense e minha reestreia foi contra o Athletico-PR. Eu fiquei numa tensão danada. Treinei a quinta e sexta só. Jogo no sábado. Fiquei pensando como a torcida ia me receber. Se não cantassem minha música, pensei que estava tudo bem, porque eles não sabem aquela história toda. Mas queria reconquistar. Aí começaram a cantar, chegou Conca, Sheik… Aí deu uma paradinha. Quando começou “Coração Valente, Guerreiro Tricolor”, eu me arrepio até hoje. Aí fiz dois gols, ganhamos o jogo. Comemorei demais. Fiz comemoração parecida com os jogos da Libertadores. Foi demais – recorda.

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