Tá sentindo o cheirinho? Pois é. Porque eles enchem o saco de todo mundo. E é por isso que chamam de 12º jogador. Porque eles torcem, cantam, gritam e vão ao estádio. Sempre. Ganhando, perdendo, valendo título ou os três pontos.
– Ah, mas temos menos torcida.
Ainda assim, quando foi sua última vez no jogo? E seus amigos, familiares? Já foi em algum lugar que não o Maracanã? Você conhece o Engenhão, que seja? Quantos jogos você foi nos últimos meses? Pensa bem.
Eles vão. Como são mais, se revezam, de repente. Mas vão. E quando vão, cantam. Sempre. Berram, dão força. Quando o jogador faz besteira, reclamam e cobram, mas não dura 1 minuto e depois cantam mais ainda por cima.
E quando a gente vai? Reclama. E muito. Mais do que elogia, do que comemora, do que canta. Como torcedora, eu sofro e fico quieta. Xingo, reclamo, o nervosismo eu ainda não sei como não me trouxe um enfarto. Mas EU TORÇO. E fico com raiva quando um tricolor como eu seca o time.
Basta um passe certo e berros de alegria. Tropeçou, pronto: BABACA! IDIOTA! SÓ FAZ BESTEIRA! O cara ACABOU de acertar um passe, seguido de uma boa assistência, não importa. Ele pode ter acabado de fazer o gol, não importa.
É vaia, xingamento, tudo que tem direito porque caiu, mesmo sendo falta que o juiz não deu. A negatividade de metade do estádio é maior do que a torcida positiva, que sabe que podia estar melhor, mas torce, deixa pra reclamar depois. Saiu de casa pra secar? Pra torcer contra?
– Eu torço como eu quiser.
Verdade. Você tem esse direito. Mas já parou pra pensar que vaiar em jogo é pior? Quantas vezes a vaia levantou um time ruim de verdade? Não, não instiga o cara a jogar melhor. Vaiar mostra sua falta de apoio. Reclame, sim. Xingue. Eu faço isso, ué. Mas que passe na hora.
Depois é ÔOOOOOOOOOOOO SOU TRICOLOR DE CORAÇÃAAAAAAAAAAAAO VIM VER O FLUUUUUUUUUU MEU GRANDE AMOOOOOOOOOR GRAÇAS A DEUS SOU TRICOLOOOOOOOOOOOOR e pronto, segue o jogo, literalmente.
É ir a jogo. É torcer. É ser não o 12º, mas os 9.000 que estavam lá ontem jogando junto. E vibrando demais, do coração quase sair pela boca, da alegria de vencer o time que levou nosso Fred, esteja você com raiva ou não, tendo aplaudido, vaiado ou só olhado, como eu.
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(a legenda foi no calor da emoção, espero me compreendam)
Vamos entrar em campo!
Saudações tricolores, e vejo vocês quinta lá. Porque tem que ir!
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A Nina Lessa tem 30 anos, fez jornalismo e mora em Copacabana, mas nasceu em Maceió e foi criada na Tijuca. Segundo ela, não escolheu ser tricolor: foi o Fluminense que a escolheu. Ela não tem papas na língua - fala mesmo. E agora ela fala aqui, no NETFLU.
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