Mais uma noite de reunião decorativa no Salão Nobre das Laranjeiras. Com a presença de apenas 35 conselheiros, o encontro da última quinta-feira, que deveria deliberar sobre orçamento do Fluminense para 2019, resumiu-se a assuntos gerais. Não houve reunião para a aprovação do orçamento, porque este não foi apresentado antes aos conselheiros por falta de quórum. Nesse sentido, caso seja comprovado que o presidente Pedro Abad gastou mais do que autorizado, o dirigente poderá sofrer mais um pedido de impeachment, já que não houve solicitação de suplementação orçamentária.
Para ser apresentada a suplementação, o pedido teria de ocorrer com antecedência. Isto é, se a diretoria tricolor mostrar um balanço relativo a 2018 em que tenha gasto mais do que o teto definido em conselho. O presidente, então, estará descumprindo o estatuto e poderá ser feito mais um pedido de afastamento, agora por improbidade administrativa.
O NETFLU apurou que o orçamento foi entregue à diretoria do Conselho Deliberativo (CDel) e Conselho Fiscal no dia 12 de dezembro, o que dificultou na preparação do material para ser encaminhado aos conselheiros no tempo devido (15 dias antes). Pela quarta vez consecutiva, representantes da Flusócio e dos Esportes Olímpicos, base de sustentação à gestão Abad, não apareceram.
Importante ressaltar que o presidente Pedro Abad deseja manter os membros atuais do CDel até o fim do ano, mesmo em caso de adiantamento das eleições. Sendo assim, os que estiveram ausentes nas últimas reuniões estariam aptos para interferir na administração do próximo mandatário eleito.