Empatar em 3 a 3 com a modesta Associação Ferroviária de Esportes (AFE) em seu estádio nem é o maior dos problemas. Se dito a alguém que não viu o jogo, achará este até que foi um bom resultado. O problema reside na forma vexatória como se deu: com um jogador a mais, depois de estar vencendo por 2 a 0. Um tipo de apagão já nem tão incomum nos últimos tempos. Algo semelhante aconteceu, muitos se lembram, contra a Chapecoense e o América-RN, ambos no Maracanã. O time tem a partida sob aparente controle e, de repente, descamba a levar gols em sucessão num curto período.
Foi uma noite funesta de toda a defesa, sem exceção. Diego Cavalieri, Jonathan, Henrique, Gum e Wellington Silva foram batidos com facilidade, por recorrentes erros individuais. Nem pareceu que o time ficou dez dias se preparando para o confronto.
Cícero, Gerson e Gustavo Scarpa também seguem surfando na onda do título inédito. De lá para cá, nada mais produziram. Na frente, Fred desencantou após 83 dias (uma eternidade!) e Magno Alves confirmou sua importância para o elenco.
Uma atuação que preocupa a torcida, às vésperas do início do campeonato mais difícil do ano – o Brasileiro. A aparente evolução conseguida no curso da Taça Guanabara e da Primeira Liga está de novo em xeque depois das atuações apagadas contra Vasco, Botafogo e Ferroviária.
Para se tornar uma equipe confiável e competitiva, o Flu ainda terá de melhorar muito, e Levir é o primeiro a saber disso. Pena que o presidente não pense igual, já que adiantou que não fará grandes contratações até lá.
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Coluna bissemanal, publicada geralmente às segundas e quintas, e sempre nos dias seguintes aos jogos do Fluminense.