(Foto: Lucas Merçon - FFC)

Um dos destaques do time atual do Fluminense, Michel Araujo passou por muitas dificuldades na infância. Sua mãe foi embora quando tinha apenas 12 anos. De origem humilde, viu a casa da família ser demolida e acabou se distanciando também do pai, com quem hoje voltou a ter contato. No meio de tantos problemas, teve na irmã mais velha, Micaela, uma espécie de segunda mãe.

– Foi muito difícil. Quando você é criança, precisa do amor da mãe, do pai, esse apoio familiar. E não ter foi difícil. Tive respaldo da minha irmã mais velha, foi como uma mãe para mim. Nessa época também conheci a minha esposa Margarita, uma pessoa incrível que me deu tudo sem pedir nada em troca – disse – complementando:

 
 
 

– Quando falo da minha mãe, do meu pai, familiares que não tive quando pequeno acho muito difícil. Quero ser forte, mas não é fácil. A gente precisa dessas coisas e não ter isso é complicado, é difícil. Agora estou focado em fazer feliz minha família, minha mulher, meu filho, meus irmãos que sempre estiveram comigo e mais nada. Quero seguir jogando futebol e dando muitas alegrias à torcida tricolor.

O futebol veio para mudar a vida do jogador. Araujo lembra também que nos seus tempos de escola as refeições eram escassas.

– Eu ia para a escola, voltava e não tinha leite, pão, não tinha nada. Com 13, 14 anos, eu ia para o colégio só com um café, voltava e não tinha almoço. Foi muito difícil, mas sempre continuei jogando futebol. Às vezes meu pai falava hoje você não vai treinar, eu falava que ia sim. Foi o que me fez chegar aqui hoje e ser uma pessoa que tem gratidão com todos que estiveram comigo nos momentos complicados. O futebol é minha essência, sem futebol não sou nada, tenho que jogar, ser feliz dentro do campo. É o que esta acontecendo agora – explicou o meia tricolor.