(Foto: Paulo Brito/NETFLU)

Dois dos últimos principais patrocinadores e parceiros do Fluminense, a Valle Express e a Dryworld, continuam numa briga Justiça com o clube das Laranjeiras, após não cumprirem com suas partes quando fecharam acordo com a instituição verde, branca e grená.

Ambas as situações, por sinal, passarão mais uma temporada sem desfecho, segundo apuração do NETFLU. A pandemia de coronavírus atrasou ainda mais as decisões dos processos: enquanto o da empresa de cartões de crédito corre no Brasil, o da fornecedora de materiais esportivos corre no Canadá, seu país.

Apesar da parceria ter sido finalizada há quatro anos, depois do rompimento do Fluminense devido a uma dívida de R$ 12 milhões, além da distribuição deficitária dos uniformes, a Dryworld, por exemplo, é quem ainda tenta sinalizar para resolver o assunto o mais rápido possível. Tanto que estuda a possibilidade de oferecer cerca de 1 milhão de dólares para o Tricolor esquecer o caso. O Tricolor pede mais de R$ 50 milhões em indenização.

Pelo acordo de cinco anos com o Fluminense, a Dryworld pagaria US$ 3,5 milhões fixos por ano, equivalentes a R$ 13,5 milhões no câmbio da época. Com as premiações e materiais, esse montante poderia chegar aos R$ 20 milhões. A maioria dos pagamentos, até a saída da fornecedora esportiva, não fora efetuado. A cúpula tricolor detém a contratação de um escritório canadense renomado.

Enquanto isso, o Fluminense rescindiu com a Valle Express em agosto de 2018, devido a uma dívida milionária de cerca de R$ 8,8 milhões, relativos a parcelas em atraso dos vencimentos da ex-patrocinadora, além da multa de não cumprimento do acordo de patrocínio.

Alegando não ter o dinheiro em caixa, tampouco para pagamento à prazo, a empresa de cartões de crédito, através da figura de seu presidente, César Malta, deveria responder civilmente. Portanto, mesmo com a possibilidade do encerramento das questões jurídicas envolvendo a Valle, a briga nos tribunais deverão seguir diretamente com o representante da marca.

Devido a cinco meses de atraso nos pagamentos, o Fluminense entrou com uma ação. Por sua vez, a Valle foi notificada e contestou. Na contestação, alegou que o Fluminense descumpriu cláusulas contratuais, elencando possíveis provas para esta argumentação. Em entrevista exclusiva ao NETFLU na época, o mandatário da empresa explicou a situação.

Mesmo que vença ambas as ações, o clube não tem esperanças de receber os valores, já que as empresas citadas alegam, também, não possuir o dinheiro exigido pelo clube das Laranjeiras.