– É uma história parecida com a minha. Conca teve sucesso pra caramba no Fluminense. Agora, está no Flamengo. Quando eu fui, Romário tinha sido contratado e o Kleber Leite (então presidente) me fez o convite. Eu queria vir para o Rio. Sorte que a torcida tricolor nem pegou no meu pé. Apenas gritava: “Eô, eô, o Branco é tricolor” – recorda.
Quem também passou por situação parecida foi Mauro Galvão. O zagueiro defendeu Botafogo e Vasco no Rio, além de Grêmio e Internacional no Rio Grande do Sul.
– Foi difícil para mim. A torcida sempre sente muito. Mas o que atenuou um pouco foi o intervalo longo entre minha passagem por um clube rival e outro. Não saí do Inter para o Grêmio. Nem do Botafogo para o Vasco – lembra.
Já o ex-atacante Bebeto teve de passar por uma situação ainda mais complicada ao trocar diretamente o Flamengo pelo Vasco.
– Foi difícil para mim. O Flamengo sempre foi minha casa. Do outro lado, estava meu ídolo, Zico, meu espelho. Foi aquela confusão toda… É muito triste ser xingado pela torcida que sempre te aplaudiu. As pessoas não entendem, mas eu fiz de tudo para renovar com o Flamengo pela metade. Mas o então presidente Gilberto Cardoso Filho foi mal… Meu passe foi para a Federação – contou.