(Imagem: Reprodução/ESPN)

Comentarista dos canais ESPN, Mauro Cézar Pereira avaliou a situação do Fluminense. Ele elogiou o presidente Pedro Abad, considerado sério pelo jornalista, pediu mais comparecimento da torcida e compreensão com o momento do Tricolor.

– O torcedor tricolor fica irritado, se acostumou com contratações, uma realidade, um universo paralelo, um mecenato, com a Unimed colocando jogador. Isso acabou. Então, o Fluminense está tentando se reconstruir e isso leva tempo. O Fluminense não tem a capacidade de arrecadação do Flamengo. É muito mais fácil colocar o Flamengo nos eixos do que Fluminense e Botafogo. Não tem termos de comparação. O Flamengo recebe muito mais dinheiro de televisão, de publicidade, tem mais potencial para alavancar o sócio-torcedor por razões óbvias. E o torcedor do Fluminense, aquele que reclama, tem de ir no jogo também. Presença muito pequena do Fluminense. A proporção era de 5 pra 1 ou até mais. A torcida do Fluminense não foi aos Fla-Flus. Se ela fosse hoje (quarta), o estádio estaria lotado, porque o lado do Flamengo encheu. Ela tem de comparecer mais. A exemplo do São Paulo, o Fluminense tem colocado preços baixos no Maracanã, arcando com prejuízo financeiro. A torcida compareceu em alguns momentos, mas tem de comparecer mais agora. O time foi digno. Perdeu por suas deficiências. Elas estão ligadas a uma questão da estrutura do clube. Não adianta espernear, fazer beicinho, dar soco na mesa, porque isso não vai fazer aparecer jogador bom do elenco, nem vai fazer cair um saco de dinheiro do Tio Patinhas na mesa do presidente pra ele sair contratando. Essa é realidade do Fluminense. E mais, o presidente do Fluminense é um auditor fiscal, um cara super sério. Acho muito improvável ele fazer loucuras como outros cartolas fazem. Não me parece o perfil dele. Se algum tricolor pensa “contrata e depois resolve”, eu acho que essa possibilidade é bem remota. O que é bom para o Fluminense. Que sofra, mas que consiga se reconstruir aos poucos. E que possa montar uma equipe com um orçamento mais baixo, mas que seja competitiva, como fez o Botafogo. Talvez o Abel consiga ano que vem. O Botafogo mostrou isso, o Lanús. É difícil pra caramba, mas é possível montar equipes minimamente competitivas – analisou Mauro.