(Foto: Reprodução do YouTube)

A Conmebol sorteou, na noite de segunda-feira, no Paraguai, os grupos da Libertadores. Atual campeão, o Fluminense caiu numa chave com Cerro Porteño (PAR), Alianza Lima (PER) e Colo-Colo (CHI). Os clubes são tradicionais, mas não vivem grandes momentos em seus campeonatos locais, como mostra reportagem do site ge a respeito dos adversários tricolores. Veja a análise de um por um:

Cerro Porteño
Classificado como 2º melhor colocado na tabela acumulada do Campeonato Paraguaio, o Cerro Porteño vive um momento de reconstrução — para não dizer que está em crise. Neste momento, está sem técnico e perdeu o seu principal jogador. Mas conta com a força de ser um dos clubes mais tradicionais do país e tem jogadores conhecidos do torcedor do Fluminense. Em destaque, o goleiro Jean, ex-Atlético-GO, o zagueiro Eduardo Brock, ex-Cruzeiro, o volante Piris da Motta, ex-Flamengo, e o atacante Edu, ex-Cruzeiro.

 
 
 

Estádio: o Cerro Porteño joga num dos estádios mais novos da América do Sul: o Nueva Olla, reinaugurado em 2017. Ele usou a base de concreto do estádio antigo para se modernizar e tem capacidade para 45 mil torcedores. O investimento ficou na casa dos US$ 50 milhões. O Fluminense já atuou no local em 2021 — venceu por 2 a 0, pelas oitavas de final daquela edição de Libertadores.

Técnico: neste momento, o Cerro Porteño está sem técnico. Devido a sequência de maus resultados, o argentino Victor Bernay pediu demissão. Os paraguaios têm bem encaminhada a contratação do espanhol Manolo Jiménez, de 60 anos, que já dirigiu clubes como Sevilla, Las Palmas, AEK Atenas e recentemente estava no Al-Whada, dos Emirados Árabes.

Momento: a situação do Cerro Porteño passa longe de ser boa, tanto que coincidiu na demissão do treinador Victor Bernay. Atualmente, os paraguaios estão em 5º lugar no Torneio Apertura, com apenas três vitórias em 10 jogos. Também está a sete pontos de distância do líder Libertad.

Craque: o Cerro Porteño perdeu o seu principal jogador na última janela de transferência. Na temporada passada, o craque da equipe era o meia Damián Bobadilla, que foi negociado com o São Paulo. Assim, o jogador de maior destaque passa a ser o atacante Diego Churín, de 34 anos, ex-Grêmio, que também é o artilheiro da equipe na temporada.

Alianza Lima
Segundo clube mais vitorioso na história do Campeonato Peruano, com 25 conquistas, o Alianza Lima vive mau momento. Na Libertadores, o clube não consegue repetir o sucesso nacional: em 2023, a equipe peruana voltou a vencer uma partida no torneio sul-americano depois de 11 anos. Tem o ex-Grêmio e Palmeiras Barcos como principal nome, e é um rival inédito para o Tricolor em jogos oficiais.

Estádio: O Alianza Lima mandará seus jogos na Conmebol Libertadores no estádio Alejandro Villanueva, com capacidade de quase 34 mil pessoas. O palco leva o nome do primeiro ídolo do clube na década de 1930. Na liga peruana, o clube tem jogado no Estádio Nacional – impacto de uma sanção de oito meses devido ao apagão promovido no estádio em 2023, após o título do rival Universitario.

Técnico: O colombiano Alejandro Restrepo, de 42 anos, comanda o Alianza Lima desde janeiro de 2024, sendo essa a sua primeira experiência internacional na carreira. No ano passado, quando comandava o Deportivo Pereira, foi eliminado pelo Palmeiras nas quartas de final da Libertadores. Mesmo em meio à recente sequência negativa, ele tem o respaldo dos dirigentes do Alianza Lima.

Momento: O Alianza Lima vem de três derrotas consecutivas no torneio peruano Apertura. O clube é o atual sétimo colocado da competição, com 12 pontos somados em oito jogos. São quatro vitórias e quatro derrotas até aqui.

Craque: O argentino Barcos, que colecionou passagens por Grêmio, Palmeiras e Cruzeiro no futebol brasileiro, é o craque do Alianza Lima. O jogador de 39 anos tem três gols e duas assistências na temporada 2024. Em 2017, quando atuava pela LDU, marcou um dos gols da equipe equatoriana contra o Fluminense na Sul-Americana – mas o Tricolor avançou.

Colo-Colo
O Colo-Colo é, de longe, o clube mais tradicional do Chile, mas vive um período bem distante de suas maiores glórias. Tanto que classificou para a Libertadores apenas como 3º colocado do Campeonato Chileno e teve que sobreviver à fase pré da competição. Ainda assim, tem nomes bastante conhecidos, como o volante Vidal, ex-Flamengo, e o meia Leonardo Gil, ex-Vasco. O atacante Carlos Palacios, de 23 anos, é o principal destaque.

Estádio: o Fluminense terá pela frente o Estádio Monumental David Arellano, conhecido como Monumental de Santiago, que tem capacidade para 47 mil torcedores. Recentemente, o local quase viveu uma tragédia: uma estrutura publicitária do Monumental de Santiago desabou em decorrência do peso dos torcedores. Segundo o jornal “El País”, do Chile, pelo menos nove pessoas ficaram feridas.

Técnico: o Colo-Colo é comandado por Jorge Almirón, que reencontrará o Fluminense após poucos meses e uma lembrança importante: ele era o técnico do Boca Juniors, que foi vice-campeão da Libertadores em 2023. Um dia depois da final, ele pediu demissão do clube. Agora, tenta se reencontrar no Chile.

Momento: eliminou Godoy Cruz e Sportivo Trinidense sem sofrer derrotas. Mas no Campeonato Chileno, está precisando correr atrás do prejuízo: está em 6º lugar com sete pontos, mas com apenas cinco jogos disputados até aqui. O líder é o Deportes Iquique, com 13.

Craque: o principal nome do Colo-Colo é o atacante Carlos Palacios, de 23 anos. O nome não é estranho: é o mesmo que atuou pelo Vasco em 2022 e não deixou saudades (marcou apenas um gol em 24 jogos). Mas no futebol chileno, reencontrou o bom futebol e está sendo bastante elogiado no país. Foi dele o gol da classificação para a fase de grupos da Libertadores.