(Foto: Mailson Santana - FFC)

Ao que parece, o discurso do presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, na reunião do Conselho Deliberativo, realizada na última segunda-feira, nas Laranjeiras, não surtiu o efeito desejado. Naquela ocasião, o presidente disse que iria expor prints diversos de sócios e membros do conselho, em redes sociais e grupos fechados, caso o ex-vice institucional, Eduardo Mitke, fosse convocado para prestar esclarecimentos sobre uma carta, de sua autoria. Nela, o ex-dirigente fazia duras críticas e deixava no ar situações que, ele mesmo, afirmava que não iria se aprofundar, mas que colocavam em xeque a lisura da gestão atual.

Fiel às suas convicções e evitando entrar no campo político, mas determinado a achar respostas sobre as palavras de Mitke, o delegado da Polícia Federal e conselheiro do Fluminense, Paulo Cassiano, ignorou o discurso defensivo do presidente tricolor. Tanto que ele propôs a instauração de uma bancada disciplinar para investigar as demissões via Whatsapp, no passado, e, ainda nesta semana, deve finalizar o documento pedindo o comparecimento – ou esclarecimento via texto – de Mitke sobre o seu texto.

 
 
 

Os prints citados pelo presidente conteriam ameaças, ofensas, xingamentos e seriam usados para punir e, até mesmo, expulsar sócios e conselheiros do quadro social.

O NETFLU apurou ainda que já existem conselheiros interessados em assinar o requerimento do delegado da Polícia Federal (são necessárias 30 assinaturas, para um rito formal no Salão Nobre das Laranjeiras). A ideia é que tudo ocorra o mais rapidamente possível, para que todas as dúvidas sobre o caso sejam sanadas e, ainda, que possíveis culpados sejam punidos na forma da lei, se possível for, e/ou banidos do Fluminense.

Eduardo Mitke – à esquerda – foi um dos coordenadores políticos de Mário Bittencourt nas suas últimas eleições (Foto: Arquivo pessoal)