(Foto: Mailson Santana - FFC)

O Fluminense perdeu por 2 a 0 para o Botafogo, no último domingo, no Maracanã. O Campeonato Brasileiro, obviamente, virou algo secundário para o Tricolor, finalista da Libertadores. Mas até visando à partida diante do Boca Juniors, no dia 4 de novembro, no Maraca, o site do jornal Extra listou cinco lições a serem aprendidas pelo time das Laranjeiras para ficar com o título mais importante do continente pela primeira vez na história. Confira:

Fator sorte não aparece todo dia

A primeira coisa a se levar da derrota é que o Botafogo fez o que o Inter não conseguiu no Beira-Rio: converter as oportunidades claras de resolver o jogo. Enner Valencia desandou a perder gols. No jogo de ida, no Maracanã, a equipe de Coudet também abdicou do jogo antes de tomar o empate por 2 a 2.

 
 
 

Porém, não é toda vez que o adversário vai desperdiçar tudo desta maneira. No domingo, em 21 minutos, o alvinegro já tinha construído uma vantagem que a equipe tricolor não conseguiu buscar em nenhum momento.

Time exposto a contra-ataques

Isso leva ao segundo aspecto que necessita de correção: a formação exposta, com cinco homens ofensivos — Germán Cano, Jhon Arias, John Kennedy, Keno e Ganso — e apenas André sobrecarregado na proteção à frente da defesa.

Apesar da proposta ultraofensiva ter sido a grande mudança de Diniz na segunda metade da temporada tricolor, e ela estar entregando resultados, pode se tornar um mau negócio, ao deixar os zagueiros rendidos diante de um time que aposta em transições, como o Botafogo. Nino e Marlon sofreram bastante e deram condição para os gols alvinegros.

Boca terá proposta similar

Em suas devidas proporções, o time argentino tem a característica parecida de ser uma equipe vertical, que vai apertar na marcação e apostar em contra-ataques na grande final. A diferença é que costuma jogar com dois volantes, dois meias e dois atacantes. Mesmo assim, as transições são potencializadas por nomes como Miguel Merentiel, Valentín Barco e Edinson Cavani. Caso o Flu não consiga criar jogadas, poderá ser castigado.

John Kennedy é titular

Mais uma lição a ser tomada é que John Kennedy precisa ser titular da equipe. Em um clássico difícil, ele foi um dos poucos a se destacar. Suas boas movimentações geraram ao menos duas chances: uma delas foi na trave. O camisa 9 mostra estrela, tem marcado nos principais jogos da Libertadores e não parece que vai diminuir o ritmo. Um rearranjo que Diniz faça no onze inicial não deveria atingi-lo.

Um lugar para Alexsander

É preciso pensar sobre Alexsander ser titular, talvez no lugar de Paulo Henrique Ganso. Não só porque o camisa ainda se recupera fisicamente e foi vaiado pela torcida no domingo, mas também porque o jovem dividiria com a André a função de patrulhar a frente da área, ainda ajudando na cobertura do lado esquerdo, para que Marcelo seja liberado na criação.

Não à toa, Alexsander entrou ainda no primeiro tempo do clássico. Já o improviso de André na zaga deve ser um caminho apenas providencial, caso a equipe se desequilibre durante os 90 minutos.

O Fluminense tem 25 dias até a final. Após a Data Fifa, terá cinco jogos pelo Brasileirão, contra Corinthians, Bragantino, Goiás, Atlético-MG e Bahia. Se o título já não é mais uma realidade, será importante usar esse jogos para corrigir erros. Em sétimo na tabela, também é importante ficar na zona de classificação para a próxima edição da Libertadores.