torcidas2Peter Siemsen, presidente do Fluminense, não escondeu que cede ingressos às torcidas organizadas. Ao mesmo tempo, usa o discurso de que esta prática precisa terminar. Enquanto isso, o clube desperdiça dinheiro ao entregar gratuitamente bilhetes às facções. Em pouco mais de três anos foram quase R$ 4 milhões em ingressos cedidos às torcidas.

De janeiro de 2011 a fevereiro de 2014 foram precisamente R$ 3.887,057,40  – parte em dinheiro, parte em ingressos, dados às Organizadas.

 
 
 

Nesse período, o maior gasto mensal – segundo aponta o documento do clube – aconteceu em fevereiro de 2012, com R$ 331,015.00 (sendo R$ 11.750,00 em ajuda de custo e R$ 319,265.00 em ingressos) fornecidos para diversas organizadas. Em um clássico com o Vasco disputado no dia 12 de fevereiro de 2012, consta a doação de 1.480 ingressos para a torcida, num valor total de R$ 73.080,00. No dia 23 de fevereiro de 2012, diante do Botafogo, foram 830 bilhetes (R$ 66.400,00); No dia 26, em novo clássico com o Cruz-maltino, ainda mais entradas para as organizadas: 1.624, traduzindo: R$ 79.980,00.

Proibida pela Justiça a estar nos estádios, a Young Flu, maior torcida do clube,  recebeu, em novembro, dinheiro para viagens e outros pagamentos que aparecem apenas como “ajuda de custo”, num total de R$ 70 mil. No mesmo mês, não foram doados ingressos, mas a prática retornou em dezembro.

O pico de gasto com as facções foi em 2011, quando foram destinados R$ 1.719,826,40. No ano seguinte, caiu para R$ 1.449.481,00. Em 2013, houve um corte de quase R$ 1 milhão, mas ainda assim foram gastos R$ 536,750.00. Já em 2014, apenas em fevereiro, foram R$ 110.000,00, o que indica que o clube estaria disposto a gastar mais, novamente, com as organizadas.

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