(Foto: Lucas Merçon - FFC)

Marcos Paulo está de saída do Fluminense. O atacante já assinou um pré-contrato com o Atlético de Madrid, da Espanha. Caso saia ao fim do vínculo, em junho, o Tricolor terá direito a apenas um valor de cerca de 500 mil euros (pouco mais de R$ 3 milhões) por “Training Compensation” (compensação por treinamento). Mas como funciona tal mecanismo chancelado pela Fifa? O site ge explica em reportagem.

Confira!

 
 
 

Assim como o mecanismo de solidariedade, a compensação por treinamento foi criada pela Fifa com o intuito de proteger os clubes formadores dos atletas (onde o jogador passou entre os 12 e os 23 anos).

Enquanto o mecanismo de solidariedade, mais conhecido, assegura até 5% de todas as vendas futuras de um jogador aos seus clubes formadores, a compensação por treinamento é acionada em duas situações, e apenas para o clube em que o atleta atuava imediatamente antes de se transferir:

O primeiro caso é quando um jogador é registrado pela primeira vez como profissional, os clubes que participaram do seu treinamento e educação terão direito a tal indenização. Por exemplo: um jovem que só tinha vínculo amador com o clube “A” assina o primeiro contrato profissional com o clube “B”.

O segundo caso, onde se enquadra Marcos Paulo, é quando um atleta é transferido entre clubes de diferentes associações nacionais, no decorrer ou ao fim de seu contrato, durante seu período de formação. Na prática, é como se fosse um valor mínimo obrigatório, embutido nas compras e garantido ao último clube em caso de saídas ao fim do contrato.

Obs.: esta indenização será paga em transferências realizadas até o jogador completar 23 anos pelo treinamento efetuado até os 21 anos ou menos, caso ele tenha concluído seu processo de formação antes.

Não existe um valor fixo para tal compensação. O cálculo é complexo, feito com base no clube que está contratando o jogador e equivale aos custos que ele teria que investir, tanto em educação quanto em treinamento, se tivesse formado o atleta em suas próprias categorias de base. Assim, usa-se como referência a quantia que outros times do mesmo patamar financeiro do país investem anualmente em média na formação de um jogador que chega ao elenco profissional.