Clube tem oito dias para pagar valor determinado pela Justiça (Foto: Mailson Santana - FFC)

Em litígio com o Fluminense, Miguel virou alvo de polêmica que envolve também o Vasco. Durante a semana, surgiu a informação que 30% dos direitos do meia pertenciam ao clube da colina por acordo feito com o Tricolor em 2017. Por mais que seu pai, José Roberto Lopes, negue a validade do acerto, o ex-gerente da base cruz-maltina Álvaro Miranda, filho do ex-presidente Eurico Miranda, confirmou a existência do documento.

— Confirmo. Inclusive tenho esse documento em cópia. O pai, porque queria aumento, pediu a liberação. Como tínhamos contrato de formação em vigor rigorosamente em dia, não liberamos. Mais para frente recebi ligação do Marcelo Teixeira (ex-diretor de base do Flu). Na época tínhamos acordo entre os clubes formadores que ninguém poderia pegar jogador de outra agremiação com contrato em vigor. Então, falei que só liberaria mediante algum percentual para o Vasco como clube formador, e aí firmamos de 30% para o Vasco e 70% para o Flu – disse.

 
 
 

Ainda de acordo com Álvaro, a anuência do pai não era necessária para tal acerto entre as instituições.

— O pai do atleta não tem direito nenhum sobre os direitos federativos. O Miguel era 100% do Vasco, que era o clube que o registrou. Então, para fazer contrato para ceder os direitos, não precisa da anuência do pai. O acordo foi firmado de clube para clube. Se ele (pai do Miguel) não tinha ciência, aí já não sei. Caberia ao Flu passar para ele, né? Mas firmei isso na época com o Marcelo Teixeira. Ele pode confirmar. Inclusive, se ligar para o Vasco, esse documento está lá assinado pelos presidentes dos dois clubes – contou.