Vivendo uma crise financeira sem precedentes em meados dos anos 1990, o Fluminense não resistiu e acabou rebaixado para a Série B em 1996. Permaneceu na elite do futebol brasileiro devido a escândalo de compra de jogos de Atlético-PR e Corinthians, mas voltou a cair em 1997. Leo fez parte do elenco que participou do primeiro descenso. Eram tempos difíceis.
– Quando cheguei ao Fluminense, para você ter uma ideia, viajávamos de ônibus para jogar o Campeonato Brasileiro. Uma coisa absurda. Fomos de ônibus para muitos jogos. E a gente parava na estrada para comer feijão e carne no posto de caminhões. Não tinha orçamento. Lembro um jogo em Campinas que foi uma coisa incrível. Atletas profissionais da Série A do Brasileirão parando na estrada para comer. Havia falta de organização também. O presidente não estava. Ou estava, mas não existia. A diretoria toda dividida, não tinha um plano de trabalho, uma metodologia. Um projeto. Estamos em crise? Sim. Mas caminhando em qual direção? Não havia nada disso. Era sobreviver dia após dias, salários atrasados… Era muito difícil. Isso levou a um grupo fragilizado, sob muita pressão. Uma dorzinha virava uma dor forte. Qualquer coisa era desculpa para não jogar. Tanto que o Renato Gaúcho teve de assumir como treinador. Com coragem e espírito nos ajudou a seguir até o último jogo – relembrou Leo.