Matheus Henrique diz que estava praticamente aprovado para ficar na base do Fluminense quando houve a confusão (Foto: Lucas Uebel - Grêmio)

Hoje no Sassuolo (ITA) e ex-jogador do Grêmio, Matheus Henrique passou pela base do Fluminense. Porém, foi dispensado por um motivo inusitado. Em período de teste, o volante se envolveu numa briga com direito a golpes de taco de sinuca em um outro atleta.

— Era 2013 e o Fluminense estava muito bem e a base muito forte. Naquela época, era só eu e minha família, mas aí apareceram um monte de caras (empresários). Escolhemos um e ele me mandou para o Fluminense como teste, em Xerém. Fui para Xerém, fiquei três meses lá (em avaliação) e estava praticamente aprovado. Eu não queria ficar, não sei o motivo. Meu sonho era sempre chegar em um nível daquele, mas eu acho que por eu já estar com 15 anos, queria estar em São Paulo, com meus amigos, família… Eu preferia estar em São Paulo – disse em entrevista ao Podpah, prosseguindo:

 
 
 

— Teve um dia que estávamos lá no alojamento e tinha um salão de jogos com sinuca, pebolim, PlayStation… Tínhamos jantado e eu e os moleques de teste fomos brincar na sinuca e chegaram uns moleques do grupo (do Fluminense), sei até quem é, mas não vou falar. Chegaram lá, cariocas naquela marra deles: “vai teste, passa o taco”. Aí nós respondemos: “calma, estamos brincando aqui, espera acabar”. Normal, como em qualquer outro lugar. Eles responderam “não, vocês são de teste, teste tem que aguardar”. Nisso, um dos moleques de teste se estourou e começou um empurra-empurra. Eu estava com o taco na mão e estávamos em três ou quatro moleques, com eles com uns a mais. Foram dois para cima desse que levantou a voz e eu só peguei o taco e dei na costela de um dos moleques e ele partiu no meio. Nisso, começou uma gritaria, veio o monitor e deu a merda toda. No dia seguinte, antes do café da manhã, o diretor foi lá e mandou a gente para a sala do diretor. Chegamos lá, ele falou que sabia o que tinha acontecido, que sabíamos que não podia acontecer isso e falou “vocês estão liberados, não vão continuar”.