Filme repetido. Com passagem curta, porém conturbada pelo Fluminense, Levir Culpi processou o Tricolor das Laranjeiras em setembro do ano passado, como o NETFLU informou com exclusividade na época. O treinador cobrava mais de R$ 2,8 milhões em salários, rescisão e outras obrigações trabalhistas após sua demissão. Sem enviar nenhum representante à 67ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, também informado em primeira mão pelo NETFLU, para defender a instituição, a causa foi ganha pelo ex-treinador. No dia seguinte à divulgação da sentença, um representante do clube finalmente entrou em contato com o advogado de Levir, Fábio Cruz, costurando um acordo pela metade do valor. Tal acordo, no entanto, vem sendo honrado com extrema dificuldade, tendo as parcelas quase sempre atrasadas. Desta vez, o clube não paga Levir há dois meses.

– A última parcela que venceu no mês retrasado continua atrasada. A advogada do Fluminense ligou, falando que estava com problema de bloqueio, mas que quando fosse paga a folha salarial, o pagaria junto, a exemplo do que aconteceu no penúltimo atraso. Então, o que eu fiz dentro do processo? A juíza deu um despacho mandando que o Fluminense pagasse as parcelas de INSS que tinham que ser recolhidas e aí eu entendi que ela estava compreendendo que as parcelas do reclamante já estavam integralmente quitadas. Então eu adicionei ao processo a informação de que a última parcela ainda não havia sido paga, porém o reclamante não entrou com execução a pedido do próprio Levir em compreensão aos pedidos dos advogados. Nós não estamos requerendo a execução neste momento, nem a aplicação das mutas, nem nada. Queremos apenas resguardar que o fato de ele não estar pedindo execução no processo, por enquanto, não significa que abriu mão – revelou o advogado do ex-técnico do Tricolor, Fábio Cruz, em entrevista ao NETFLU. 

 
 
 

Para encerrar a história envolvendo Levir Culpi, o Fluminense precisa pagar a última parcela de R$ 150 mil do acordo que fez com o treinador, como o representante Fábio Cruz destaca.

– O comunicado que fiz no processo, a petição, foi para destacar que ele não está cobrando, mas também não abrirá mão. Resta apenas uma parcela de R$ 150 mil para fechar tudo – concluiu.

Em entrevista concedida no ano passado ao site número 1 da torcida tricolor, o advogado explicou detalhadamente a cronologia dos fatos em torno do processo trabalhista do ex-treinador. Dias depois, o Fluminense demitiu uma funcionária do departamento jurídico, por intermédio de uma nota oficial, mas manteve a diretora da pasta, Roberta Fernandes, dando-lhe uma advertência. O ex-vice jurídico, Bruno Curi, sofrera também diversas críticas no período, até deixar o cargo, meses atrás, para se dedicar à vida política. Curiosamente, a mesma funcionária demitida foi contratada por uma empresa que presta serviços ao Fluminense, como divulgado pelo site. 

No Fluminense, Levir Culpi conquistou o título da Copa da Primeira Liga de 2016, mas teve problemas internos de relacionamento com o então líder do grupo e capitão Fred. Comandou a equipe em 52 jogos, com 22 vitórias, 15 empates e 15 derrotas.