(Foto: Mailson Santana/FFC)

Artilheiro da categoria sub-17 com 31 gols na temporada, o atacante João Pedro é um dos nomes mais falados na base brasileira no momento. O Fluminense já encaminhou a venda da jovem promessa para o Watford, da Inglaterra, e o tempo do centroavante está contado nas Laranjeiras.

O jornalista Pedro Venancio, do blog “Na Base da Bola”, do portal Globo Esporte, fez uma publicação rasgando elogios ao centroavante do Fluminense, que marcou quatro gols nos últimos jogos – três contra o Cruzeiro, na Copa do Brasil Sub-17, nesta quinta-feira. Porém, frisou que pular etapas, por conta da iminente negociação com os ingleses, é um grande risco.

 
 
 

Confira a publicação: 

“São, ao todo, quatro gols nos últimos jogos. E 31 em toda a temporada 2017. João Pedro, o camisa 9 do Fluminense, é um dos nomes mais falados na base brasileira no momento, sobretudo por sua iminente venda ao Watford, da Inglaterra. Mais do que isso, também pela quantidade de gols decisivos em grandes jogos.

Em campo, João Pedro corresponde, não só como finalizador. Toma boas decisões, tem velocidade, acha bons passes, e está sempre na área. Não se limita a ser o “troglodita” finalizador, tipo bastante visto na base brasileira. E nem o centroavante preparador de jogadas.

Além de centroavante, João Pedro é capaz também de jogar na ponta. Assim o fez na Taça BH, quando Marcos Paulo, o outro centroavante promissor do Fluminense nascido em 2001, desceu do sub-20 para jogar. E foi bem, ganhando nos duelos um contra um e entrando na área em diagonal para receber lançamentos, como no lance em que sofreu o pênalti convertido por ele mesmo na semifinal do torneio contra o Vasco.

Com um histórico tão bom no sub-17, uma subida aos profissionais já deveria ser pensada para agora, certo? Não necessariamente. João Pedro deveria passar, primeiro, pelo sub-20, se provando. Assim como fez Vinícius Júnior. Assim como fez Neymar. E aqui vão exemplos de dois jogadores que estão em um nível técnico acima dele e eram melhores que ele na base. E há casos de jogadores que fizeram o mesmo sucesso que ele, subiram diretamente do sub-17 para o profissional e estão com dificuldades na carreira. Para ficar em dois? Brenner, do São Paulo, e Luis Henrique, então no Botafogo.

Sim, é isso mesmo. João Pedro é muito bom jogador, mas não um acima da média. Esse posto da geração 2001 é de Rodrygo, do Santos. No próprio Flu, há uma dúvida sobre quem é melhor: ele ou Marcos Paulo. Uma questão que só o tempo será capaz de responder.”