(Foto: Divulgação/FFC)

Absurdamente pressionado nos bastidores políticos e pela torcida, o presidente Pedro Abad deu mais argumentos aos críticos de sua gestão no dia 30 de abril de 2018. Este é o prazo legal para a apresentação de um balanço financeiro, cujos clubes estão obrigados a publicar por força da Lei Pelé. Prazo que a direção do Fluminense se esqueceu de cumprir.

O motivo para o atraso na publicação foi explicado depois em nota oficial e no próprio balanço. A diretoria de Abad teve mais trabalho do que teria numa ocasião comum, pois o balanço anterior, confeccionado pela administração do ex-presidente Peter Siemsen, estava errado. O resultado do exercício de 2016, que tinha sido apresentado como um superávit de R$ 8 milhões, após a revisão executada neste ano passou a um déficit de R$ 13,5 milhões.

 
 
 

Além disso, dívidas tinham sido varridas para debaixo do tapete pelo antecessor. O endividamento, quantificado em R$ 331 milhões em 2015 e R$ 399 milhões em 2016, segundo os cálculos da diretoria passada, foi reclassificado para R$ 442 milhões e R$ 529 milhões respectivamente pela atual direção. Aumentos consideráveis que não fariam tão mal à imagem de Abad, não fosse o fato de que ele próprio era aliado e presidente fiscal da gestão de Siemsen.

(Infográfico de Giovana Tarakdjian)