Preto revela que estava chateado com Abel Braga por ter ficado no banco de reservas

Há exatos 15 anos, no dia 3 de abril de 2005, o Fluminense sapecava o Flamengo por 4 a 1, no Maracanã, e conquistava a Taça Rio. Posteriormente, seria campeão carioca superando o Volta Redonda na final. Autor do quarto gol naquele Fla-Flu, Preto Casagrande acompanha o Tricolor até hoje. Ao lado do filho, torcedor fanático, sempre vê os jogos do time das Laranjeiras. E o gol não foi qualquer um. Tratou-se de uma pintura, encobrindo o goleiro Diego. Ele recorda a ocasião.

– Faz tempo, hein? Estou ficando velho mesmo (risos). Eu lembro que estava voltando de lesão, machuquei no segundo ou terceiro jogo da Taça Rio, e estava bem emburrado no banco, p* com Abel que tinha me tirado do time (risos). Na época, peguei Diego Souza e Arouca subindo, tinha o Radamés, que era um menino muito bom da base… O Fluminense sempre teve uma base muito boa. E esses meninos estavam voando, principalmente o Diego, que na época jogava de volante, mais um pouco para trás. E o próprio Arouquinha. Eles estavam jogando mais e eu estava no banco p* da cara, chateado com o Abel. Mas aí ele acabou me colocando no jogo, e logo que entrei fiz aquele golaço – conta o ex-jogador, agora com 44 anos de idade.

 
 
 

Na ocasião, seu filho Rafael estava no estádio ainda com três anos. Preto também lembra disso muito bem.

– A outra coisa é que meu filho estava no Maraca, ele tinha três anos de idade. Estava o estádio lotado, né? Eu estava todo feliz, alegre que tinha feito o gol. Disse a mãe dele que ele passou o jogo inteiro pedindo para ir embora, que estava agoniado (risos). Eu achando que estava se amarrando em ver o pai fazendo gol e ele estava desesperado para ir embora. E hoje ele é torcedor do Fluminense que eu fico “indignado” como é que pode ser tão torcedor do Flu. Ele é muito – revela.

Depois de passar pelo Flamengo, foi a vez de encarar o Volta Redonda em dois jogos na final do Estadual. O Fluminense perdeu a ida por 4 a 3 e venceu o segundo jogo por 3 a 1, conquistando o Carioca. O ex-jogador falou sobre como foi, ainda mais com o gol vindo nos descontos da partida de volta, com o zagueiro Antônio Carlos, de cabeça.

– Sem dúvida, foi uma alegria enorme, principalmente da maneira como foi. Um golzinho no finalzinho do Antônio Carlos. Eu lembro que eu fiz um gol de falta na primeira final, também no Maraca… E esse jogo aí a gente já estava desesperado, triste que talvez não fosse ganhar, e o Antônio Carlos fez no finalzinho. Até em função disso, foi comemorado mais ainda. Mas eu lembro que foi muito difícil, muito complicado – falou.