O futebol pondera se vale a pena aderir àquilo que é rotina em muitos outros esportes: o uso de vídeo e tecnologia em decisões da arbitragem. A partir de março, deve ser testada a utilização de imagens para definição de lances capitais, um pedido feito pela CBF à International Board – atendendo a uma sugestão da Comissão Nacional de Clubes. Outras modalidades extremamente populares, casos de basquete, vôlei, tênis e futebol americano, já abriram o caminho para o qual o futebol parece rumar. O GloboEsporte.com escutou personalidades destes esportes para que eles opinassem sobre benefícios e problemas do uso de vídeo. A visão é quase unânime: há vantagens na parceria com a tecnologia, mas com ressalvas. Atletas lembram que o vídeo não elimina erros e questionam o risco de quebra da dinâmica do jogo – um problema que pode ser exponencial no futebol, que tem a continuidade como elemento-chave.

Na NBA, os árbitros são aconselhados a revisar em vídeo lances duvidosos, sobretudo quando o relógio está zerando. Houve um momento emblemático em 15 de maio, no sexto jogo da semifinal da conferência Leste. O Washington Wizards perdia por 94 a 91, jogando em casa, e isso significava o fim do sonho de título – já que o Atlanta Hawks tinha 3 a 2 na série. E aí, no último instante, Paul Pierce encontrou um arremesso de três pontos e empatou a partida. Atletas invadiram a quadra, eufóricos, enquanto torcedores, em êxtase, se abraçavam nas arquibancadas. Era um momento histórico. E aí os árbitros se reuniram, reviram o arremesso em vídeo e concluíram que a bola ainda estava nas mãos do jogador quando o cronômetro foi zerado. O lance não valeu. A emoção em Washington foi automaticamente cortada. E a vitória ficou com Atlanta.

Por questões, sobretudo, financeiras, o Fluminense aboliu os regimes de concentração antes das partidas. Nesta sexta-feira, porém, haverá uma exceção e os atletas irão ficar concentrados. O técnico Eduardo Baptista comentou sobre a opção.

– Eu não sou adepto da concentração. Dentro de uma maratona muito forte, desgaste físico e emocional muito forte é excessivo. Se o jogo fosse no domingo, não haveria concentração, mas como é sábado, decidimos com a comissão técnica ganhar essa noite com uma alimentação melhor, com descanso melhor. Por uma situação pontual, nada a ver com a fase – disse.

Faltando apenas um dia para a partida contra o Goiás, o técnico Eduardo Baptista ainda não sabe se poderá contar com Wellington Silva, que se recupera de dores no adutor da coxa esquerda. Mesmo tendo Renato como opção, o treinador pôs Jean na equipe titular, improvisado, nas atividades desta tarde. A tendência é que ele seja mantido no setor, para o confronto de sábado, diante do time goiano.

Velho conhecido da torcida tricolor, o zagueiro Leandro Euzébio conhece como poucos o ambiente das Laranjeiras e os atletas mais experientes que defendem o clube. Tendo formado uma grande dupla de zaga com Gum, com quem foi bicampeão brasileiro, o atleta evitou polemizar ao ser questionado se o melhor seria a mudança de ares do zagueiro Gum, que vive má fase.

– Acho que isso depende muito. Tem jogador que se entrega muito ao clube, ama e só quer sair depois que acaba o contrato. O Gum, sem dúvida alguma, não só ele como outros que estão no clube há muito tempo vão pensar direitinho em dezembro se permanecem ou não no clube – disse.