Wellington Silva, com dores musculares, precisou ser substituído ainda no primeiro tempo e cedeu lugar a Renato. O lateral não entrou bem, mas foi decisivo. Com um petardo de fora da área, deu a vitória ao Fluminense aos 47 minutos do segundo tempo da partida contra o Paysandu. A dedicação do jogador foi elogiada por Jean e Enderson Moreira.

– Foi pra presentear um menino que trabalha muito, está sempre alegre no clube – disse o volante Jean, que ganhou coro do treinador tricolor.

– Ele aproveitou o rebote, foi bonito e importante. Ele é dedicado. Teve dificuldades, o time não estava bem. Teve personalidade. Era um chute de gol maravilhoso ou daqueles que joga a bola distante.

Edson revelou, em entrevista ao site Globoesporte.com, que o Corinthians tentou insistentemente sua contratação. Porém, quando o Fluminense o comprou e, consequentemente, renovou seu contrato, o volante se tranquilizou.

– Eu estive para sair para o Corinthians duas vezes. Meu desejo era continuar por muito tempo. Tento fazer meu trabalho da melhor forma possível, mas se um dia a diretoria achar melhor, podemos conversar, tranquilo. Mas eles sempre me disseram que queriam renovar. Eu só precisava de uma certeza. Depois, fiquei aliviado – comentou Edson, sem negar a ansiedade na época, pela renovação:

– Eu fiquei ansioso, mas eles tinham deixado claro que iam renovar. Fizeram tudo certo, mas o tempo passava e eu não tinha assinado ainda. Ficava naquela… Até uma, duas semanas antes eu não entendia a demora. Mas aí meu empresário me explicou. Mesmo assim eu ficava ansioso, apesar de saber que se eu sair do Fluminense hoje tenho algum outro grande clube para jogar.

O Fluminense tem se especializado em marcar gols nos minutos finais da partida, o que não preocupa nem um pouco seu treinador. Enderson Moreira enxerga o dado estatístico como uma virtude dos jogadores

– Se fosse ao contrário era por causa do azar. O nosso time acredita até o final. Já fizemos grandes jogos e não conseguimos o resultado, o que o Paysandu pode estar sentindo isso. A dificuldade tem de transformar o atleta, ele tem de ficar mais forte. Temos de aprender a sofrer para colher coisas boas no futuro. Era fácil a torcida vaiar, pois a gente não fez o jogo que pode fazer e, mesmo assim, acreditou em nós – disse.