Considerado por muitos o melhor goleiro do país, ao lado de Diego Cavalieri, Jefferson, que defende o Botafogo, enalteceu o bom momento vivido pelos arqueiros, que têm ganhado, inclusive, oportunidades na seleção brasileira.

– É um momento único, principalmente no Rio de Janeiro. Havia muito tempo que o futebol carioca não tinha um goleiro na Seleção. Agora tem dois – diz Jefferson.

É bastante comum existir rivalidade dentro do futebol. Entretanto, quando o que está em jogo é a posição de goleiro, nem sempre isso acontece. Rivais e, ao mesmo tempo, parceiros, quando defendem a seleção brasileira, Cavalieri e Jeferson se encontrarão neste domingo, em lados opostos, na final da Taça Rio. O arqueiro tricolor, considerado o melhor de sua posição na atualidade, fez rasgados elogios ao experiente goleiro do Botafogo, pouco antes da decisão.

– Eu já o admirava muito como profissional e aprendi a admirar ainda mais quando tive a oportunidade de ter mais contato com o Jefferson. Fiquei muito feliz pela oportunidade de conviver com ele – ressalta Cavalieri.

Aparentemente um dos mais animados para estar em campo neste domingo, diante do Botafogo, na final da Taça Rio, o meia Wágner afirmou que a partida frente ao Alvinegro marca o encontro de duas grandes potências do futebol nacional.

– Vai ser um confronto de dois gigantes e espero que, desta vez, a gente vença esse clássico, essa final, porque depois vamos ter tempo necessário para descansar e pensar – destacou.

Destaque do Botafogo nesta temporada, ao lado do meia Seedorf, o uruguaio Lodeiro ganhou muitos elogios de Wágner, do Tricolor das Laranjeiras. Para o atleta do Flu, o botafoguense vem desequilibrando, o que faz a equipe estar atenta a ele.

– É um grande jogador que está vivendo um bom momento dentro do Botafogo, fazendo gols e dando assistências. A gente está de olho nele e em todo o time do Botafogo. Sabem jogar e marcar. Estão muito entrosados – elogiou.

Tendo se recuperado recentemente de uma lesão, o meia Thiago Neves participou de parte dos últimos dois jogos feitos pelo Flu, mas sem atuar por 90 minutos. Cotado para iniciar como titular a partida deste domingo, frente ao Botafogo, o atleta admitiu que ainda não está completamente com ritmo de jogo.

– Acho que tenho que melhorar a parte física para dar uma dor de cabeça para o Abel. No último jogo, já foi um pouco melhor a movimentação. A escolha de começar jogando ou entrando no intervalo vai depender dele – declarou o apoiador, que não começa uma partida há dois meses.

Só a vitória interessa. Ciente de que o Tricolor sairá de campo campeão apenas com um resultado positivo diante do Botafogo, o meia Wágner disse que os comandados de Abel Braga não irão jogar de maneira defensiva. Confiante, o atleta declarou que o Time de Guerreiros vai com tudo para cima do Alvinegro.

– Não vamos recuar, não vamos jogar atrás, mas sim como o Fluminense sempre joga, procurando dar seu máximo para conseguirmos a vitória – concluiu.

Na tarde deste domingo, Botafogo e Fluminense entrarão em campo, no estádio Raulino de Oliveira, para a disputa da final da Taça Rio. Em caso de vitória ou empate, o Alvinegro sairá de Volta Redonda campeão estadual. Para evitar isto, o Time de Guerreiros precisa vencer, forçando mais duas partidas. Neste cenário, segundo o jornalista e comentarista André Lofredo, não seria prudente o Tricolor entrar em campo sem o time principal, apesar de ter atuado no Equador, no meio de semana. Ele acredita que, na busca pelo título, o cansaço vai ter que ser deixado um pouco de lado.

– Neste momento, o Flu não pode poupar ninguém. Eu entendo a situação do time, mas o Fluminense nunca entra em um campeonato para perder. Entra sempre para ganhar. É uma decisão, o Fluminense tem que vencer o Botafogo, para não deixar o Botafogo ser campeão. Sei que alguns jogadores estão sem condição física. Se algum titular não vai conseguir jogar seu máximo, é melhor colocar um reserva. Mas o Fluminense tem que escalar a sua força máxima.