(Foto: Photocamera)

Desde que deixou a presidência do Fluminense, no fim de 2016, Peter Siemsen se calou. Quase dois anos e meio depois, quebrou o silêncio ao comentar sobre os quatro aditivos assinados com o Consórcio Maracanã que elevaram substancialmente o custo para o time atuar no estádio. O ex-mandatário falou ao Jornal Extra:

– O Fluminense precisava jogar no Maracanã. Enquanto a concessionária não retomava a administração, assinamos um aditivo para que o clube pudesse jogar operando as partidas. O contrato foi assinado por um curto período porque era preciso jogar.

 
 
 

No plano original, o quarto aditivo foi feito para valer de 1º de outubro a 31 de dezembro de 2016 e o contrato poderia ser prorrogado até 31 de março de 2017.

A Maracanã S/A reassumiu o estádio só por ordem judicial, em janeiro de 2017. E o que ninguém no Fluminense contava era que, em abril, haveria uma liminar determinando que o quarto aditivo vigorasse dali para frente, apesar de o próprio dispositivo prever que o contrato original voltaria a valer. O tricolor não conseguiu até hoje se desvencilhar dela.

– O aditivo 4 foi usado erroneamente como um parâmetro para decisão temporária visando ao reequilíbrio do Maracanã. Pelo que vi na ação, não houve uma manifestação clara (do Flu) mostrando que, na verdade, esse contrato nunca se operou e nem deveria servir como parâmetro – completou Siemsen.

Este quarto aditivo sufocou as contas tricolores. O montante da dívida com o Consórcio, contestado pelo clube, está na casa de R$ 1,5 milhão. O entendimento da concessionária é que a “sangria” do Fluminense se deve à dificuldade do clube em encher o estádio com frequência.