O projeto Fluminense STK Samorin está muito perto do fim. Pouco mais de oito meses após decidir buscar patrocínios para diminuir os custos de manutenção, a direção tricolor não conseguiu efetivar acordos necessários e, ainda no início desta temporada, notificou os eslovacos sobre a intenção de não seguir com a parceria, iniciada em 2015. O grande problema, no entanto, é que o Fluminense não repassa a verba acordada desde julho do ano passado, acumulando uma dívida superior a R$ 1,5 milhão.

O clube teria que enviar mensalmente 60 mil euros (cerca de R$ 259 mil) até dezembro, mas o valor caiu para 15 mil euros (64 mil reais) a partir de janeiro de 2018, por conta de um patrocinador que assumiu boa parte das finanças. Mesmo assim, não houve força no caixa tricolor para a manutenção do projeto. A notificação ocorreu no início deste ano porque existe um prazo mínimo de seis meses entre o aviso e a saída de jogadores e funcionários tricolores da Europa.

 
 
 

Em entrevista concedida ao portal Globo Esporte no início do ano, o mentor da parceria, diretor esportivo da base tricolor, Marcelo Teixeira, reconheceu que havia sido um erro apostar no Flu Europa, diante do cenário financeiro do clube.

– Posso falar que o projeto, quando idealizado, foi vanguarda. Não tenho dúvida disso. Só que o Fluminense era um clube que não tinha condições de assumir aquilo desde o princípio. Quis dar um passo maior do que a perna. Esse talvez foi o grande erro – comentou.

É importante lembrar que no primeiro semestre de 2019, a cúpula tricolor reduziu o envio de atletas para o Flu Europa. Somente quatro nomes foram selecionados: Diogo, Gabriel Capixaba, Luquinhas e Peu, além do técnico Leonardo Ramos, do sub-15 em Xerém. A dívida ficará por conta da próxima gestão do Fluminense, caso Pedro Abad realmente convoque novas eleições para o próximo mês.