(Foto: Maílson Santana/FFC)

É de conhecimento geral que houve m lobby por parte do elenco por Diniz após a saída de Abel Braga. Obviamente de quem já estava na primeira passagem dele no clube em 2019, só que também de quem nunca trabalhou com ele e tinha curiosidade. Mas o que o treinador mudou em tão pouco tempo? Alguns fatores, que afetam diretamente os treinos e a rotina, já foram sentidos nos primeiros dias de trabalho. O portal GE destaca quatro pontos que tiveram “dedo do técnico” no dia a dia do CT Carlos Castilho:

Regenerativo produtivo

Esqueça a história de regenerativos só na academia. Tradicionalmente no futebol brasileiro, o dia seguinte aos jogos é de trabalhos leves para a recuperação física dos jogadores. Os que jogaram por mais minutos na véspera normalmente passam esse tempo malhando. Mas com Diniz, o regenerativo também tem a parte de campo. O técnico leva os atletas para o gramado e faz um “11 x 0” (também chamado de “treino fantasma”), atividade onde ele distribui o time em cada posição para movimentos táticos de saída de bola sem ter uma equipe rival para marcar. Mistura descanso com organização.

Treinos mais longos

Os treinamentos também passaram a ser mais longos no Fluminense com Diniz. Antes de começar os trabalhos com bola, o técnico costuma levar os jogadores para uma atividade em sala. Ele usa as instalações do auditório do CT para exibir vídeos dos próximos adversários, para apontar pontos fortes e vulneráveis, e montar a melhor estratégia. Depois, em campo, o treinamento dura em média uma hora a mais do que era antes. “Treinos da tarde só terminam de noite”, disse uma fonte ao site.

 
 
 

Intensidade de jogo

Segundo relatos, o que Diniz mais cobra no dia a dia é intensidade. “E ai de quem não correr”, brincou outra fonte em contato com o GE. Durante os treinos, se uma jogada não sai como o técnico pede, seja pela movimentação ou execução, ele interrompe e recomeça desde o início. Na hora de se defender, o treinador também exige que todos os jogadores marquem de forma compacta, com os 11 atrás da linha da bola, como a torcida já pôde observar nos primeiros dois jogos com o comandante.

Fator psicológico

Psicólogo por formação, Diniz tem a motivação como uma de suas especialidades. No primeiro contato com o grupo, ele já tratou de incentivar a todos falando de ambição por títulos. “O que o Fernando faz de melhor é passar confiança”, disse Ganso em entrevista coletiva semana passada, após a vitória sobre o Junior Barranquilla, da Colômbia, na Copa Sul-Americana. No dia a dia, o treinador é daqueles que gosta de conversar separadamente com os atletas e tem a preocupação de dar atenção também para os reservas. E há, claro, espaço para descontração no bate-papo.

Invicto sob o comando de Diniz após dois jogos, o Fluminense viaja na manhã desta terça-feira para Goiânia, onde enfrenta o Vila Nova-GO na quarta, às 21h30 (horário de Brasília), no Serra Dourada, pela partida de volta da terceira fase da Copa do Brasil. Como ganhou o primeiro duelo no Maracanã por 3 a 2, o Tricolor tem a vantagem do empate para se classificar para as oitavas de final.