Mais polêmica nos bastidores do Fluminense. O presidente Mário Bittencourt apontou a incumbência da implementação do voto online para o Conselho Deliberativo (CDel). Mário vê as internas do clube se agitarem ainda mais em torno do tema. Tanto que, no início do mês passado, o Frente Ampla Tricolor (FAT), por intermédio do sócio-proprietário, Walcyr Borges, que pertence ao núcleo do grupo, protocolou uma notificação judicial dirigida ao presidente do CDel, Braz Mazullo. O documento, contudo, não fora respondido, o que deverá render novos capítulos ao tema.

No doc de duas páginas, cobrava-se um posicionamento sobre o voto online. O NETFLU apurou que Fluminense deve ser ajuizado futuramente, na figura de Mário Bittencourt e, também, através do mandatário do CDel. Ou seja, haverá uma interpelação judicial aos nomes citados, obrigando voto online nas próximas eleições. Se ainda não responderem, uma nova ação, chamada “execução da obrigação de fazer”, pode ser gerada. A clube tem adotado o silêncio como estratégia.

 
 
 

A ideia inicial era gerar uma pressão política e midiática para poder fazer acontecer o voto online. Além disso, quem se interessar, em caso de não manifestação de Braz – como o que ocorreu – entende-se que o contexto constituiria em prova para uma eventual ação judicial, uma vez que o Fluminense vendeu vários planos de sócios dando direito a voto. Isto é, mesmo que o indivíduo more nos EUA ou em qualquer parte do planeta, o clube teria que disponibilizar a ferramenta para que todos pudessem exercer os seus direitos.

Relembre a notificação extrajudicial:

O presidente Mario Bittencourt e seguidores, que tinham a pauta como promessa de campanha, alegam que o tema compete ao Conselho Deliberativo, não ao mandatário do clube. E que seria casuísmo fazer agora nesta eleição, ou seja, precisa ser aprovada para valer a partir da próxima gestão.

Uma empresa que faz gerenciamento de voto online foi procurada pelo Fluminense no primeiro semestre. Eles ainda estão buscando informações. A base de apoio de Mário Bittencourt diz que precisa esperar para que o martelo seja batido.

Bittencourt informou há alguns meses que já foram iniciados estudos técnicos sobre a melhor forma de realizar o pleito, mas que o ponto principal é a viabilidade legal. O mandatário tricolor entende que esta situação deve ser apresentada ao CDEL para, em seguida, ser realizada uma Assembleia Geral.

Para o dirigente, o ponto a ser analisado é se o voto à distância pode ser considerado voto por procuração, uma vez que o eleitor teria que receber uma senha, o que não é permitido pelo estatuto atual.