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Calote à vista? O Fluminense tem muitos processos em curso contra ex-patrocinadores e uma ex-fornecedora de material esportivo na Justiça. Neste último caso, relativo à empresa canadense Dryworld, o departamento jurídico tricolor praticamente jogou a toalha. Isso porque, apesar da grande chance de vitória nos tribunais, fatalmente não haverá dinheiro para ser repassado ao clube das Laranjeiras, conforme apuração do NETFLU.

Apesar da parceria ter sido finalizada há quatro anos, depois do rompimento do Fluminense devido a uma dívida de R$ 12 milhões, além da distribuição deficitária dos uniformes, a Dryworld segue brigando nos tribunais com o clube.

 
 
 

Em entrevista coletiva recente, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, chegou a comentar sobre o tema, sem gerar grandes expectativas.

– As ações seguem em curso. A gente tentando receber, mas ainda sem êxito. Uma coisa é você ganhar o processo, outra coisa é você receber. A empresa que está sendo acionada tem que ter capacidade de pagamento. Se ela não tiver, a gente não consegue receber. Estamos lutando nesses processos, mas ainda não recebemos valores. É justamente por isso que criamos nosso comitê de compliance. Especialmente quando negociamos patrocínios, quando trazemos marcas para o clube. Porque os inadimplementos eram muito grandes. É muito criterioso hoje para que uma empresa possa colocar uma marca na nossa camisa. Temos sido muito criteriosos na entrada, para não virar um processo futuro – disse Mário.

A ação ocorre diretamente no Canadá, país sede da Dryworld, já que o departamento jurídico do Fluminense temia que a mesma declarasse falência no Brasil. O Tricolor pede mais de R$ 50 milhões em indenização.

Pelo acordo de cinco anos com o Fluminense, celebrado na gestão Peter Siemsen, a Dryworld pagaria US$ 3,5 milhões fixos por ano, equivalentes a R$ 13,5 milhões no câmbio da época. Com as premiações e materiais, esse montante poderia chegar aos R$ 20 milhões. A maioria dos pagamentos, até a saída da fornecedora esportiva, não fora efetuado. A cúpula tricolor detém a contratação de um escritório canadense renomado para cuidar do caso.