Hoje no Al Jazira, dos Emirados Árabes, Thiago Neves admite ainda ter na lembrança o vice-campeonato da Libertadores com o Fluminense em 2008. O apoiador fez uma grande partida na final contra a LDU, marcando os três gols tricolores na vitória por 3 a 1 no tempo normal, mas errou sua cobrança na decisão por pênaltis. O ex-camisa 10 tricolor admite ainda ter o desejo de um dia voltar ao clube e conquistar o maior campeonato das Américas.

– Aqui passa a Libertadores da América, e a lembrança sempre vem à cabeça. Vejo jogos do Boca, da LDU, que acho que jogou contra o Grêmio, recentemente. Você olha o estádio e lembra como foi. Não dá para deixar para trás. Às vezes, dá vontade de voltar ao Brasil só por causa da Libertadores. Eu queria voltar ao Fluminense, disputar e ganhar. Tem de ser com o Fluminense. A gente tinha que ter levantado aquele caneco. Fizemos tudo certo, ainda não foi digerido – disse.

 
 
 

Mais do que o pênalti perdido, Thiago Neves tem um lance específico daquele fatídico jogo na cabeça. Uma bola já na prorrogação em que esteve perto de marcar o gol que daria o título ao Fluminense, mas parou nas mãos do goleiro adversário.

– Está vivo, muito. Estava 3 a 1, o Washington deu um tapa de cabeça para trás, dei uma chapada na bola e o goleiro pegou. Não era para ser…. Não adianta. Saímos perdendo, viramos… Não sei de onde tiramos forças para reverter. Não sei mesmo. Fizemos tudo, tudo, tudo. Meu Deus do céu! Essa era para eles mesmo. O goleiro foi bem malandro nos pênaltis, atrapalhou muito. Na hora do meu pênalti, eu esperei, ele saiu do gol, não entendi o que o juiz deu na hora. Ele não podia ter saído do gol. É a malandragem, foi experiente, e atrapalhou. Eu ia bater no canto, mudei e ele pegou. Não bati com muita força, bati para não errar e ele deu sorte de pegar com o pé. O Conca, que não errava, errou, assim como o Washington. Os principais batedores perderam. O Cícero fez o gol. Antes dessa Libertadores, poucos clubes (do continente) conheciam o Fluminense e sua torcida. Depois disso viram a força, passaram a respeitar mais, até nas outras edições que jogamos. Deixamos uma imagem – recorda.