O presidente do Conselho Deliberativo (CDel) do Fluminense, Fernando César Leite, quebrou o silêncio sobre a possibilidade de convocação de uma reunião para votar novamente as contas de 2016. Em contato com o NETFLU, o mandatário comentou a respeito do requerimento de sócios, que exige uma convocação o mais rapidamente possível para definir o tema.

– Vi o requerimento no NETFLU, mas não chegou nem nas minhas mãos ainda. Tenho aguardar. Na verdade, quando lá atrás houve aqueles problemas das contas, a dúvida era sobre o resultado da votação, que não foi feita de forma nominal, mas por amostragem. A partir disto eu fiz um expediente para comissão de assuntos financeiros do Conselho Deliberativo, onde o conselheiro Sérgio Poggi foi designado para fazer um parecer das contas de 2016, mas até hoje não houve essa entrega. Por isso que fizeram o requerimento, solicitando que eu fizesse só com o parecer do Conselho Fiscal. Para deixar claro, essa questão é uma prioridade minha. Se tiver o número necessário de assinaturas, convocarei a reunião – disse com exclusividade ao site número um da torcida tricolor.

 
 
 

A reportagem procurou Sérgio Poggi, que confirmou as informações dadas pelo presidente do Conselho Deliberativo, mas com ressalvas:

– Na verdade, quem está designado é a Comissão de Assuntos Financeiros, da qual eu faço parte. Mas em parte ele (Fernando César Leite) tem razão, pois o trabalho foi prorrogado, considerando que, com a nova gestão, o acesso às informações financeiras da gestão Peter seria mais fácil, e assim, seria possível conseguir mais informações para subsidiar o trabalho. Mas que a intenção é encaminhar o trabalho em 15 dias – destacou.

O resultado polêmico das contas de 2016, conquistado por conta do apoio maciço da Flusócio no conselho, foi revisto um ano depois, devido a diversos fatores. Agora, um grupo de conselheiros exige do presidente do CDel, Fernando César Leite, uma nova votação, já que as contas seguem abertas. O NETFLU apurou que já foram obtidas 23 assinaturas, restando apenas sete para o número mínimo exigido pelo estatuto.

O rito não fora respeitado na reunião que aprovou as contas de 2016. Mesmo com o risco de judicialização, ele seguiu adiante, com parecer do Conselho Fiscal recomendando a aprovação. Presidente na época, Peter Siemsen sofreu com ofensas no momento do discurso. Além disso, vários grupos políticos se manifestaram largamente sobre o tema, como o NETFLU havia divulgado na ocasião.