Foto: Marcelo Gonçalves/FFC

O torcedor, assim como todo o corpo jurídico e de futebol do Fluminense, ainda estão tentando absorver a punição de três jogos recebida por Marcelo. Ex-árbitro e comentarista de arbitragem, Sálvio Spinola criticou a decisão da Comissão Disciplinar da Conmebol de suspender o lateral-esquerdo Marcelo, do Fluminense, pelo pisão acidental no zagueiro Luciano Sánchez, do Argentinos Juniors.

Nesse contexto, o ex-juiz classificou a decisão da entidade como exagerada.

 
 
 

– Foi uma polêmica muito grande essa punição ao Marcelo, porque não tinha o relato e depois veio a informação que o árbitro colocou ‘jogo brusco violento’. Nós já vimos tantas condutas piores que essa sem punição, podemos falar de racismo, de outras situações onde a Conmebol praticamente fechou os olhos. […] Achei exagerada, vou na linha do Diniz, a regra de futebol não pune pelo resultado, cuspir é cartão vermelho, se eu cuspir e atingir a chuteira ou o rosto do adversário é mesmo cartão vermelho, pela ação. No lance do Marcelo, a expulsão foi muito mais pelo resultado do que pela ação. E aí o tribunal também, muito mais pelo resultado – disse e concluiu:

– Considerei exagerada. Conversei com alguns advogados e juristas que militam na Justiça desportiva, todos também consideraram exagerada; se criou uma jurisprudência. Por que aquele pisão deu 3 jogos de punição e outras situações mais graves de jogo brusco grave não tiveram uma punição tão severa? Qual o critério? Uma competição precisa definir o critério e seguir a linha. Quando muda a linha, você fica com dúvida do qual a intenção. Para mim, mudou a linha com a punição de 3 jogos: houve situações muito mais graves que não causaram uma lesão tão grave e o Tribunal Disciplinar da Conmebol não deu uma pena tão severa. Foi exagerada.