O abismo fica mais assustador quando o valor é comparado às cifras dos milionários Flamengo e Palmeiras, clubes com a maior saúde financeira do país. Entre todas as receitas possíveis, o Fla fechou o ano passado com um recorde de R$ 648 milhões arrecadados. Impulsionado pelo seu estádio, o Alviverde somou a pequena fortuna de R$ 531 milhões.
Além da diferença considerável, o Fluminense convive o ano inteiro com atrasos salariais e uma intensa briga política nos bastidores. Com tantos problemas para administrar, o clube montou um elenco que se fechasse em torno dos objetivos traçados. Com Marcelo Oliveira no comando, os tricolores têm conseguido êxito em sua missão, algo colocado em xeque por muitos dos mais fanáticos torcedores no início de 2018.
– Nem sempre a receita será a diretriz única com resultado nos objetivos traçados. Devo ressaltar que o conjunto humano do Fluminense é algo extraordinário, desde o auxiliar de serviços gerais ao presidente. Apesar das dificuldades encontradas na temporada, a junção de peças e a dedicação que cada um entrega é o principal combustível desse Fluminense semifinalista – disse o gerente de futebol Paulo Angioni.
O Tricolor montou seu quebra-cabeça em campo com uma receita formada por jovens da casa, uma ou outra boa opção disponível no mercado e um trabalho de observação que pinçou na Série B o até então desconhecido atacante Everaldo, por exemplo. Sem grana em caixa, a ordem é ser criativo e diminuir a margem de erro nas Laranjeiras.
Apesar de o clube estar a 180 minutos da decisão da Copa Sul-Americana, o departamento de futebol do clube não deixou o Campeonato Brasileiro de lado. Até que o time esteja matematicamente livre de riscos, finalizar bem a competição é uma outra diretriz traçada. Melhores colocações significariam mais dinheiro em caixa, o que poderia ser revertido em investimento em peças mais qualificadas em 2019.