Único clube grande do país que não possui uma loja virtual, o Fluminense deve apagar este cenário nos próximos meses. Trabalhando intensamente, desde fevereiro, com impulsionamento dado pelo ex-CEO, Marcus Vinícius Freire, em conjunto com o departamento de marketing, funcionários sabem que o e-commerce é um espaço que precisa sair do papel, mesmo que ainda não tenha um prazo definido.

O problema é tamanho que, em publicação recente, o grupo de apoio ao presidente Pedro Abad, a Flusócio, fez um post criticando a falta de movimentação do Tricolor neste sentido, cobrando pela implementação de e-commerces.

 
 
 

– Independente do modelo de e-commerce a ser adotado, é incompreensível que o Fluminense abra mão de uma ferramenta tão eficaz na captação de receita e aproximação do seu torcedor. No site oficial do clube, há apenas um anúncio acerca de um tênis da fornecedora. Não há nenhum produto oficial do clube em destaque. E temos canais digitais com mais de um milhão de seguidores no Twitter e Facebook que nunca foram usados para turbinar vendas de um possível e-commerce oficial, pois ele ainda não existe – dizia um dos trechos.

É importante ressaltar que diversas questões levaram ao atraso do desenvolvimento da loja nos últimos anos. O contrato de e-commerce primeiramente pertencia a Adidas, depois ao Flu. Com a ruptura da parceria, a prerrogativa ficou sendo apenas da Meltex, caso a instituição verde, branca e grená não tomasse partido. Ou seja, não adiantaria procurar empresas como a Netshoes ou Centauro, já que a prioridade é da Meltex. Esse tipo de ideia também não encaixava no que o clube pretendia. Motivo: era entendido que, se o Fluminense fizesse acordo com uma das grandes lojas esportivas, iria matar o mercado todo, dificultando o crescimento e expansão de lojas físicas, por exemplo.

Também havia a preocupação em torno de toda a estrutura. Entende-se no Fluminense que não adianta montar um e-commerce e ter a distribuição falha. Ainda havia outros polos de ajustes como o próprio fornecimento da parceira esportiva. A necessidade financeira do clube tornou essa investida quase que emergencial, sobretudo porque o contrato com a Under Armour prevê 20% de comissão em cima do montante que exceder R$ 5,5 milhões.

Os profissionais do Tricolor seguem trabalhando em sigilo para a loja estrear. Os mais otimistas creem em lançamento até o aniversário de 116 anos do clube, mas o fato é que não há prognóstico exato para a estreia.