Vini Jr sobre luta contra o racismo: “Quero seguir por todos os jovens que não tem a voz que eu tenho”

Atacante do Real Madrid e da Seleção se manifesta após se encontrar com Gianni Infantino, presidente da Fifa
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O atacante Vinicius Junior fez um pronunciamento nessa quinta-feira (15), em Barcelona, cidade em que a Seleção Brasileira se prepara para enfrentar Guiné no sábado (17), em amistoso.

O jogador do Real Madrid agradeceu o apoio após os seguidos casos de abuso racial que vem sofrendo em jogos do Campeonato Espanhol e prometeu seguir combatendo o racismo.

– Venho aqui agradecer a todos que estiveram comigo desde o episódio que aconteceu no último jogo contra o Valencia, o presidente (Ednaldo Rodrigues), junto com a CBF, o (presidente da Fifa, Gianni) Infantino, que esteve hoje junto com a gente, sempre dando a maior força. Todos os clubes do Brasil, as pessoas do Brasil e do mundo inteiro que estão comigo me dando força para eu seguir nessa batalha. Era necessário ter alguém para seguir firme e cada vez mais diminuir (o racismo). Eu quero seguir pelos jovens e todas as pessoas que sofrem não têm a mesma voz que eu –disse o atacante, que ainda prosseguiu.

– Uma vez dei entrevista falando que queria que todos os brasileiros torcessem por mim, acho que estou cada vez mais perto disso. Vejo todos na internet me desejando sorte no futebol e fora, pessoas de outros meios que não me acompanhavam e começaram a acompanhar. Fico feliz disso, cada vez mais vou seguir firme por aqueles que não têm oportunidade de lutar. Tenho a cabeça tranquila, minha família me ajudou, o Flamengo me ajudou também quando eu era pequeno, por sofrer não apenas por racismo, mas por toda pressão colocada em cima de mim. Sempre trabalhei calado, hoje tenho a força para lutar por um assunto muito importante. Quero agradecer a todos vocês e vamos seguir juntos até o final – completou.

Com Vini Jr como titular, o Brasil encara Guiné, nesse sábado (17), às 16h30 (de Brasília), no estádio Cornellà-El Prat, em Barcelona. O duelo será marcado por uma série de ações antirracistas, entre elas o uso de um uniforme preto pela Seleção no primeiro tempo.

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