A esperança de o Fluminense disputar o NBB ruiu na última sexta-feira. A derrota para a Tijuca por 81 a 76 sepultou as chances de o time participar da próxima edição do principal campeonato nacional de basquete. O técnico Márcio Vieira tentou explicar o motivo do fracasso.

– A equipe sentiu muito a derrota do dia anterior (para o Macaé) e, com isso, esse jogo foi desgastante. O Facundo (o armador argentino Sucatzky) também estava cansado e o Tijuca fez uma defesa forte em cima dele. Acho que faltou um pouco de qualidade no nosso ataque. Mas a equipe foi briosa e teve identificação com a torcida. Acho que faltou um ajuste aqui, outro ali. Mas não adiantar lamentar. Temos que seguir em frente e trabalhando. O importante é colocar o basquete do Fluminense onde ele merece – disse.

O que aconteceu há 24 anos ficou somente no passado. O técnico do Fluminense, Abel Braga, negou clima de revanche pela eliminação nas quartas da final da Libertadores de 1989. Ever Almeida, goleiro do Olímpia naquele ano e atual treinador, participou do jogo.

– Não existe isso. Agora estou no Fluminense, é outra história, outra forma de disputa. Se fosse atualmente aquele confronto não iria para os pênaltis. Agora existe a regra do gol fora de casa. Por isso minha maior preocupação na primeira partida é não sofrer gols – frisou.

Quarta-feira o Fluminense disputa sua primeira “final” em 2013 e conta muito com o apoio de seu torcedor. Thiago Neves pediu para que os tricolores incentivem a equipe no momento de definição da Copa Libertadores da América.

– Vamos precisar deles até o fim. Se não forem nos apoiar, não adianta. A Libertadores é uma competição que vale muito para nós e tomara que eles possam nos ajudar. Em qualquer esporte, é diferente você jogar com o carinho e o apoio dos torcedores – afirmou Thiago Neves.

Ao lado de Eduardo, Wallace é outro jogador profissional que participará da decisão do Campeonato Estadual de juniores. Negociado há algum tempo para o Chelsea (ING), o lateral terá a chance de conquistar mais um título em seu início de carreira.

– Wallace vai vir para nos ajudar, principalmente por estar no profissional, ter experiência. Falei que quero que ele carimbe o passaporte dele com algum título antes de ir embora. Veio para me ajudar mesmo – lembrou Edevaldo.

O lateral-direito integrará o elenco principal do Chelsea já no meio do ano.

Sem poder contar com grande parte dos jogadores que ajudaram a golear o Flamengo na semana passada por 3 a 0, o Fluminense entra em campo em busca do bicampeonato estadual sub-20. O auxiliar-técnico Edevaldo Freitas comanda o time que poderá até perder por dois gols de diferença e terá o auxílio de dois reforços. A partida será em Moça Bonita, às 15h.

O lateral-direito Wallace e o meia Eduardo, que fazem parte do elenco profissional, começam a partida. O técnico Marcelo Veiga e grande parte do elenco principal dos juniores excursiona pela Europa. Os únicos titulares que participarão da finalíssima do Carioca são o volante Willian e o meia Fernando.

– Realmente, é uma equipe um pouco diferente, já que a maioria viajou. São quatro juvenis, sendo que dois (Robert e Bonilha) vão começar jogando. Nesta semana, eu trabalhei muito essa questão do entrosamento. Mas é um grupo bom, em que eu confio e vai representar bem o clube – afirmou Edevaldo Freitas, reserva de Leandro na Copa do Mundo de 1982.

O Fluzão joga com: Matheus; Wallace, Marcelo, Igorth e Fernando; Willian, Bonilha e Eduardo; Denilson, Robert e Mateus Regis.

A definição do Olímpia (PAR) como adversário nas quartas de final da Libertadores poderia causar uma dor de cabeça nos tricolores. Afinal, em decisões de torneios sul-americanos, o Fluminense possui um retrospecto ruim quando decide fora de casa. Mas quando o assunto é tabu, o Time de Guerreiros costuma se superar.

Em cinco decisões longe de seus domínios em competições internacionais, o Flu só passou uma vez. A mais doída foi em 2011, quando, após fazer 3 a 1 no Engenhão, foi goleado pelo Libertad (PAR) por 3 a 0 no Paraguai. Confira abaixo os jogos decisivos fora de casa do Tricolor.

Na Libertadores

Em 2011:
Fluminense 3×1 Libertad
Libertad 3×0 Fluminense

Na Sul-Americana

Em 2005:
Fluminense 2×1 Universidad Católica (CHI);
Universidad Católica 2×0 Fluminense

Em 2006:
Fluminense 1×1 Gimnasia Y Esgrima (ARG)
Gimnasia Y Esgrima 2×0 Fluminense

Em 2009:
Fluminense 2×2 Universidad de Chile
Universidad de Chile 0x1 Fluminense

Na Conmebol:

Em 1992:
Fluminense 2×1 Atlético-MG
Atlético-MG 5×1 Fluminense

Muito festejado pelo torcedor quando de seu retorno ao Fluminense, Thiago Neves não tem motivos para comemorar em 2013. O bom futebol ainda não foi visto desde que chegou ao Tricolor, oriundo do rival Flamengo, no início do ano passado. Na atual temporada, são apenas 13 jogos dos 26 já disputados e quebras de sequência por problemas distintos.

Logo na pré-temporada, o camisa 10 apareceu com uma bolha no pé, que o fez perder praticamente todo o período de treinos, atrapalhando seu condicionamento físico. O susto maior, porém, aconteceu com um doping por ter se automedicado.

O atleta tomou um medicamento com corticoide (substância proibida) para se recuperar de uma sinusite e foi cortado da vitória por 1 a 0 sobre o Caracas, pela Libertadores. Quatro dias depois, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) liberou o atleta e encerrou o caso.

Além disso, as lesões têm prejudicado uma sequência. Thiago Neves, ao todo, ficou 64 dias indisponível para partidas oficiais.

Confira:

– Conversas para renegociação de contrato com a Adidas evoluem
– Romerito: “Fluminense precisará ter colhão para se classificar”
– Abel entrega time que deve estrear no Brasileirão
– Pet: “Há anos temos no ataque um jogador que mostra serviço”
– Confirmadas as datas das quartas de final da Libertadores

O sonho de chegar a elite do basquete nacional terminou nesta noite para o Fluminense. Em uma partida emocionante contra o Tijuca, o Time de Guerreiros acabou sendo derrotado por 81 a 76 pelos donos da casa. Um dos destaque do Flu na partida, o argentino Sucatzky disse que faltou tranquilidade.

– Acho que o time foi muito ansioso e não encontrou o jogo em nenhum momento. Chutar aquela última bola foi uma decisão de jogo porque estávamos com três pontos de diferença no placar. Era importante chutar. Eu fiz e errei. Mas tinha que ter tomado essa decisão – disse  atleta que marcou dez pontos e deu duas assistências.