Dos ídolos que voltaram ao Flu, Thiago Neves foi o que fez mais sucesso

A torcida do Fluminense está feliz com o retorno de Fred, bicampeão brasileiro (2010 e 2012), campeão carioca (2012) e da Primeira Liga (2016) pelo clube. No passado, outros ídolos retornaram ao Tricolor das Laranjeiras após o sucesso nas primeiras passagens. São casos de jogadores como Branco, Conca, Thiago Neves, Edinho, Jandir…

Confira aqui como foi o desempenho de cada um segundo levantamento do site “Globo Esporte”:

 
 
 

EDINHO

Criado nas categorias de base do Fluminense e integrante da famosa Máquina Tricolor dos anos 1970, Edinho deixou o clube em 1982 rumo à Udinese, da Itália. Após cinco anos em alto nível no futebol europeu, voltou ao Brasil. Mas para o rival Flamengo.

Muito associado ao Tricolor, o ex-zagueiro não repetiu o sucesso dos anos anteriores com a camisa rubro-negra e, em agosto de 1988, foi anunciado pelo Fluminense.

Com status de ídolo, Edinho também foi titular em sua segunda passagem, mas não conseguiu repetir o passado de glórias, quando conquistou três Cariocas. O máximo foi chegar à semifinal do Campeonato Brasileiro de 1988, quando o Fluminense acabou eliminado para o Bahia, campeão daquela edição.

  • 1ª passagem: 8 anos, 327 jogos (323 como titular), 66,3%* de aproveitamento, 31 gols e 3 títulos (Cariocas de 1975, 76 e 80);
  • 2ª passagem: 7 meses, 32 jogos (todos como titular), 59,3%* de aproveitamento, 3 gols e nenhum título.

BRANCO

Apesar de ter sido revelado pelo Internacional, Branco começou a fazer sucesso quando atuava pelo Fluminense, de 1983 a 1986, quando foi tricampeão carioca e campeão brasileiro. Na sequência, foi para a Europa, onde jogou pelo Brescia, Porto e Genoa, voltando ao Brasil em 1993, para defender o Grêmio.

Em 1994, acertou sua volta ao Fluminense, sendo o único jogador do clube campeão da Copa do Mundo daquele ano. Mas sua segunda passagem durou apenas cinco meses e, apesar da titularidade incontestável, não foi marcada por títulos.

O ex-lateral-esquerdo ainda jogou pelo Corinthians, Flamengo, Internacional, Middlesbrough-ING, Mogi Mirim e NY Red Bulls-EUA, até retornar mais uma vez às Laranjeiras, para encerrar sua carreira, em 1998, quando o Flu disputava a Série B. Essa última passagem, no entanto, foi praticamente simbólica, com dois jogos e um gol marcado.

  • 1ª passagem: 3 anos, 136 jogos (135 como titular), 65,7%* de aproveitamento, 5 gols e 4 títulos (Cariocas de 1983, 84 e 85 e Brasileiro de 1984);
  • 2ª e 3ª passagens: 5 meses, 21 jogos (todos como titular), 66,6%* de aproveitamento, 7 gols e nenhum título.

JANDIR

Revelado em Xerém, Jandir fez parte da mesma geração vitoriosa do que Branco. Defendeu o Fluminense de 1982 até 1989, quando foi para o Grêmio. Com uma passagem também pelo Internacional, voltou ao Tricolor carioca em 1994.

Apesar dos bons números de sua segunda passagem, em que perdeu apenas duas vezes, o ex-volante não conquistou títulos, como havia feito anteriormente.

  • 1ª passagem: 7 anos, 298 jogos (297 como titular), 64,2%* de aproveitamento, 12 gols e 4 títulos (Cariocas de 1983, 84 e 85 e Brasileiro de 1984);
  • 2ª passagem: 7 meses, 23 jogos (todos como titular), 71,7%* de aproveitamento, nenhum gol e nenhum título.

PAULINHO

Mais um que estourou na vitoriosa geração do Fluminense da década de 1980. Criado em Xerém, o ex-atacante jogou de 1983 a 1987 no clube, sendo o autor do gol do tri carioca, em 1985, contra o Bangu. Atuou pelo Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Puebla-MEX e América-RJ, até voltar às Laranjeiras.

Seu retorno, porém, foi bem mais discreto do que seu início. E, assim, como a dos demais citados até aqui, não foi marcado por conquistas.

  • 1ª passagem: 6 anos, 198 jogos (89 como titular), 61,1%* de aproveitamento, 13 gols e 4 títulos (Cariocas de 1983, 84 e 85 e Brasileiro de 1984);
  • 2ª passagem: 4 meses, 16 jogos (13 como titular), 53,1%* de aproveitamento, 1 gol e nenhum título.

MAGNO ALVES

Magnata foi um dos principais nomes do Fluminense quando o clube atravessou seus piores anos: séries B e C. E foi justamente nas Laranjeiras em que o atacante viveu o auge de sua carreira, sendo inclusive convocado para seleção brasileira para a disputa da Copa das Confederações de 2001.

Jogou no Flu de 1998 até o fim de 2002 e, na sequência, foi para a Coreia do Sul e Japão. Sempre disse que sonhava voltar um dia e, em 2015, a espera acabou. No início do ano seguinte, foi campeão da Primeira Liga. Após duas temporadas, foi para o Ceará, clube que estava antes de retornar ao Tricolor.

1ª passagem: 5 anos, 265 jogos (212 como titular), 54,5% de aproveitamento, 112 gols e 2 títulos (Série C 1999 e Carioca de 2002);2ª passagem: 1,5 ano, 66 jogos (16 como titular), 41,4% de aproveitamento, 10 gols e 1 título (Primeira Liga 2016);

THIAGO NEVES

Thiago Neves teve três passagens pelo Fluminense. A primeira em 2007 e 2008, quando foi campeão da Copa do Brasil e principal nome do vice na Libertadores. O meia fez os três gols da final contra a LDU, levando a decisão para os pênaltis, mas foi um dos que perderam a cobrança.

Logo após a competição, foi para o Hamburgo, da Alemanha, mas foi emprestado de volta no ano seguinte. Esta passagem foi bem curta e o meia nem chegou a fazer parte da arrancada final contra o rebaixamento.

Voltou mais uma vez em 2012, após passagens pelo Al Hilal, da Arábia Saudita, e pelo Flamengo, e mais uma vez foi vitorioso com a camisa tricolor. Titular absoluto da equipe comandada por Abel Braga, foi campeão carioca e brasileiro daquele ano.

  • 1ª passagem: 1,5 ano, 83 jogos (69 como titular), 59,8% de aproveitamento, 31 gols e 1 título (Copa do Brasil 2007);
  • 2ª e 3ª passagens: 2 anos, 91 jogos (82 como titular), 61,5% de aproveitamento, 19 gols e 2 títulos (Carioca 2012 e Brasileiro 2012);

CONCA

Chegou ao Fluminense em 2008, após passagem pelo Vasco. Foi peça importante no vice-campeonato da Libertadores daquele ano, mas virou ídolo de fato nas temporadas seguintes: em 2009, foi um dos protagonistas da arrancada história contra o rebaixamento e, em 2010, foi “o cara” do título brasileiro, atuando em todas as 38 rodadas do campeonato.

Saiu em 2011, quando recebeu proposta milionária da China, e voltou em 2014, deixando a torcida em êxtase. Não conquistou títulos, mas novamente teve ótimo desempenho em campo. O time terminou o Brasileiro em sexto lugar. Em 2015, por exemplo, teria sido suficiente para ir à Libertadores, pois havia G6.

Sua segunda passagem durou apenas uma temporada, após outra proposta chinesa.

  • 1ª passagem: 3,5 anos, 210 jogos (203 como titular), 57,4% de aproveitamento, 40 gols e 1 título (Brasileiro 2010);
  • 2ª passagem: 1 ano, 62 jogos (61 como titular), 53,7% de aproveitamento, 16 gols e nenhum título.